02/07/2025

Em setembro, a taxa de desemprego diminuiu para 7,7%, atingindo o patamar mais baixo desde 2015.

Aumento no número de ocupados veio em grande parte da categoria de empregados com carteira assinada no setor privado, que chegou a 37,4 milhões de trabalhadores - (crédito: Divulgação/Agência Alagoas)

O mercado de trabalho registrou um contingente de 99,8 milhões de pessoas ocupadas, marcando o maior número já observado desde o início da série histórica da pesquisa em 2012.

A taxa de desemprego no Brasil continua sua tendência de declínio no trimestre encerrado em setembro, alcançando 7,7%. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (31/10), este é o menor índice registrado desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.

O número de pessoas empregadas no mercado de trabalho atingiu a marca de 99,8 milhões, representando o maior contingente já observado desde o início da série histórica da pesquisa em 2012. Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, explica: “A redução na taxa de desocupação foi impulsionada pelo crescimento expressivo no número de pessoas empregadas e pela diminuição na procura por trabalho no terceiro trimestre de 2023.”

A maioria desse aumento no contingente de empregados veio dos trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que, com um acréscimo de 1,6%, atingiu a marca de 37,4 milhões.

Essa categoria foi a única investigada pela pesquisa que apresentou um crescimento considerável, permanecendo as demais estáveis em relação ao trimestre anterior. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 3,0% nessa categoria, totalizando 1,1 milhão de pessoas.

Durante o trimestre, o mercado de trabalho absorveu 631 mil trabalhadores formais e 299 mil informais. A taxa de informalidade manteve-se em 39,1% do total de empregados, estável em comparação com o trimestre encerrado em junho. Estima-se que 39 milhões de trabalhadores informais estejam no país.

Quanto aos setores econômicos analisados pela pesquisa, apenas um demonstrou um aumento significativo no número de empregados: o setor de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com um aumento de 3,5% (equivalente a mais 420 mil pessoas).

Adriana Beringuy destaca: “Após se destacar no pós-pandemia devido aos serviços de tecnologia da informação, essa atividade tem continuado a registrar crescimentos não somente relacionados a esse segmento, mas também aos serviços de locação de mão de obra, administrativos, jurídicos e financeiros. Além disso, grande parte do aumento no emprego com carteira assinada neste trimestre veio desse setor.” As outras nove atividades permaneceram estáveis em comparação com o trimestre móvel encerrado em junho.

Tribuna Livre, com informações da Agência Alagoas

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