Pelo menos seis estados foram afetados por rios transbordados e desabamento de estradas provocados por chuvas fortes desde 24 de junho
Fortes chuvas na Venezuela desde o último 24 de junho provocaram, nos últimos dias, desabrigamento de famílias em diversas cidades, deslizamentos de terra, danos ao sistema elétrico e desabamento de estradas e pontes, inclusive uma localizada em rodovia importante no município de Ospino, em Portuguesa. Embora ainda não haja registros de mortos, foi declarada emergência nas regiões andinas e de planície do país e pelo menos seis estados foram afetados.
Os desastres naturais, principalmente o desabamento do acesso que liga os Andes ao centro venezuelano na quarta-feira (25/6) e o transbordamento de rios e córregos, deixaram comunidades inteiras completamente isoladas, conforme noticia a mídia local.
O governador do estado onde fica a ponte La Trindad, sobre a rodovia José Antonio Paéz, anunciou nesta quinta (26/6), nas redes sociais, abertura de rota alternativa ao até então único acesso entre duas cidades, que permitirá a continuidade do tráfego na região. De acordo com o portal venezuelano El Nacional, o vice-ministro dos Transportes inspecionou a estrutura da ponte de Portuguesa.
Em Mérida, um dos estados mais atingidos pelas chuvas — onde pelo menos 12 municípios e 273 famílias foram impactados —, o titular da pasta examinou áreas afetadas por inundações de rios e córregos. A ponte Mucuy, em Tabay, desabou completamente; e o rio Chama, em El Arenal, transbordou a via que ligava uma comunidade a outras. No município de Miranda, a enchente fez com que o Rio Motatán arrastasse estradas e destruísse estruturas importantes da cidade.
Em Táchira, pelo menos 29 casas desabaram desde o início das chuvas; em Trujillo, foram danificadas 55 moradias, das quais 28 foram completamente destruídas; e, em Apure, mais de 640 famílias indígenas atingidas foram assistidas pelo governo, segundo a televisão estatal.
Em outros locais, rodovias desabaram e impediram o tráfego de veículos e transportes de mercadorias para grande parte do país. Diversas estradas cruciais estão fechadas.
Centros de coleta em que são fornecidos suprimentos essenciais, como: água potável, alimentos e medicamentos, foram espalhados pelas principais cidades venezuelanas. Autoridades orientam moradores a manter a calma e agir com prudência diante da situação. A Proteção Civil do país e o Corpo de Bombeiros atuam em áreas afetadas a fim de avaliar riscos.
Tribuna Livre, com informações da AFP