22/12/2025

Entenda como a Receita Federal cruza dados do Pix

A movimentação financeira digital auxilia a Receita Federal na fiscalização do Imposto de Renda. - (crédito: freepik.

Não é mágica, é inteligência artificial: entenda como os sistemas do Fisco analisam bilhões de transações para encontrar sonegação e erros na declaração

A fiscalização do Imposto de Renda pela Receita Federal ganhou um poderoso aliado: o Pix. Por trás da agilidade do sistema de pagamentos instantâneo, existe uma complexa rede de inteligência artificial e cruzamento de dados que permite ao Fisco identificar inconsistências nas declarações dos contribuintes com uma precisão nunca antes vista

Diferente do que muitos imaginam, a Receita Federal não monitora cada transação individual em tempo real. A fiscalização é realizada sobre o volume total movimentado. As instituições financeiras, como bancos e fintechs, são obrigadas a enviar diretamente ao Fisco uma declaração chamada e-Financeira.

Regulamentada pela Instrução Normativa RFB nº 2.278, de 2025, essa declaração informa o montante consolidado das operações quando a movimentação mensal ultrapassa R$ 5 mil para pessoas físicas ou R$ 15 mil para pessoas jurídicas. O sistema não detalha se a operação foi via Pix, TED ou outro meio, mas sim o valor total que circulou na conta.

Como funciona o cruzamento de dados

A tecnologia entra em cena quando a Receita Federal recebe essas informações. Supercomputadores equipados com inteligência artificial analisam bilhões de dados em busca de padrões e divergências. O sistema cruza o volume de dinheiro movimentado nas contas com as informações declaradas pelo contribuinte no Imposto de Renda.

Se um profissional autônomo, por exemplo, declara uma renda mensal de R$ 5 mil, mas seus extratos mostram uma movimentação de R$ 15 mil em recebimentos de clientes, um alerta é gerado automaticamente. O sistema identifica a incompatibilidade entre o que foi ganho e o que foi declarado, colocando o contribuinte na malha fina.

Essa análise não se limita apenas à movimentação bancária. Os algoritmos comparam as informações com outros dados, como gastos no cartão de crédito, compra de imóveis e veículos, e até mesmo movimentações de dependentes financeiros declarados.

A fiscalização do Imposto de Renda pela Receita Federal ganhou um poderoso aliado: o Pix. Por trás da agilidade do sistema de pagamentos instantâneo, existe uma complexa rede de inteligência artificial e cruzamento de dados que permite ao Fisco identificar inconsistências nas declarações dos contribuintes com uma precisão nunca antes vista

Diferente do que muitos imaginam, a Receita Federal não monitora cada transação individual em tempo real. A fiscalização é realizada sobre o volume total movimentado. As instituições financeiras, como bancos e fintechs, são obrigadas a enviar diretamente ao Fisco uma declaração chamada e-Financeira.

Regulamentada pela Instrução Normativa RFB nº 2.278, de 2025, essa declaração informa o montante consolidado das operações quando a movimentação mensal ultrapassa R$ 5 mil para pessoas físicas ou R$ 15 mil para pessoas jurídicas. O sistema não detalha se a operação foi via Pix, TED ou outro meio, mas sim o valor total que circulou na conta.

Como funciona o cruzamento de dados

A tecnologia entra em cena quando a Receita Federal recebe essas informações. Supercomputadores equipados com inteligência artificial analisam bilhões de dados em busca de padrões e divergências. O sistema cruza o volume de dinheiro movimentado nas contas com as informações declaradas pelo contribuinte no Imposto de Renda.

Se um profissional autônomo, por exemplo, declara uma renda mensal de R$ 5 mil, mas seus extratos mostram uma movimentação de R$ 15 mil em recebimentos de clientes, um alerta é gerado automaticamente. O sistema identifica a incompatibilidade entre o que foi ganho e o que foi declarado, colocando o contribuinte na malha fina.

Essa análise não se limita apenas à movimentação bancária. Os algoritmos comparam as informações com outros dados, como gastos no cartão de crédito, compra de imóveis e veículos, e até mesmo movimentações de dependentes financeiros declarados.

O que chama a atenção do Fisco

O foco da Receita não está em pequenas transferências cotidianas, como a divisão de uma conta de restaurante entre amigos. A atenção se volta para movimentações que indicam atividade comercial ou renda não declarada. Alguns dos principais pontos de alerta são:

  • Movimentação incompatível: o volume de dinheiro que passa pela conta (entradas e saídas) é muito superior à renda declarada.
  • Recebimentos frequentes: receber Pix de múltiplos CPFs de forma constante pode ser interpretado como uma atividade comercial informal.
  • Omissão de rendimentos: prestadores de serviços ou vendedores que recebem pagamentos via Pix e não emitem nota fiscal ou não declaram os valores.

A regra é clara: todo rendimento obtido por meio de vendas ou serviços deve ser declarado, independentemente se o pagamento foi feito por Pix, dinheiro ou qualquer outro meio. Manter as informações alinhadas é a forma mais segura de evitar multas e complicações com o Fisco.

O que chama a atenção do Fisco

O foco da Receita não está em pequenas transferências cotidianas, como a divisão de uma conta de restaurante entre amigos. A atenção se volta para movimentações que indicam atividade comercial ou renda não declarada. Alguns dos principais pontos de alerta são:

  • Movimentação incompatível: o volume de dinheiro que passa pela conta (entradas e saídas) é muito superior à renda declarada.
  • Recebimentos frequentes: receber Pix de múltiplos CPFs de forma constante pode ser interpretado como uma atividade comercial informal.
  • Omissão de rendimentos: prestadores de serviços ou vendedores que recebem pagamentos via Pix e não emitem nota fiscal ou não declaram os valores.

A regra é clara: todo rendimento obtido por meio de vendas ou serviços deve ser declarado, independentemente se o pagamento foi feito por Pix, dinheiro ou qualquer outro meio. Manter as informações alinhadas é a forma mais segura de evitar multas e complicações com o Fisco.

Tribuna Livre, com informações da Receita Federal

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