A punição para esses delitos pode alcançar até 4 anos de prisão, e, no âmbito administrativo, a multa pode atingir a marca de R$ 2 milhões.
A Polícia Civil está conduzindo uma investigação sobre a morte de aproximadamente 9 milhões de abelhas nos municípios de Bela Vista e Silvânia, ambos localizados na região central de Goiás. A suspeita é que as colmeias tenham sido envenenadas após a aplicação de agrotóxicos em lavouras próximas.
A operação conjunta entre a Delegacia Estadual de Meio Ambiente e a Agrodefesa, iniciada na terça-feira (16), encaminhou três procedimentos de apuração da mortandade de abelhas ao Poder Judiciário.
O delegado Luziano Carvalho ressaltou que esse não é um incidente isolado. Ele recebeu denúncias de eventos semelhantes em Abadiânia, com três denúncias, além de casos em Hidrolândia, na região metropolitana, Orizona, Jandaia e São Luís de Montes Belos. Alguns desses casos ainda estão em processo de investigação.
Carvalho salienta que um dos venenos mais letais para as abelhas é o fipronil. Há até mesmo uma legislação aprovada na Assembleia Legislativa que proíbe o uso dessa substância próximo a propriedades que mantêm criação de abelhas.
“Estamos investigando todas as denúncias. É crucial enfatizar a necessidade de uma comunicação respeitosa entre os agricultores e os apicultores, especialmente durante a aplicação de agrotóxicos. Existem apiários que não estão catalogados, portanto, nem os agricultores nem as autoridades têm conhecimento de sua existência”, afirma o delegado. A penalidade para tais crimes pode chegar a até 4 anos de reclusão, e, no âmbito administrativo, a multa pode atingir a cifra de R$ 2 milhões.
Tribuna Livre, com informações da Delegacia Estadual de Meio Ambiente/GO