Departamento de Agricultura dos Estados Unidos havia demitido funcionários devido cortes exigidos por Trump
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que demitiu alguns funcionários como parte dos cortes de pessoal exigidos pelo governo Trump, chamou de volta alguns que trabalhavam no combate à gripe aviária, informou a mídia local nesta quarta-feira (19).
A emissora americana NBC News citou um porta-voz do departamento que explicou que estes funcionários foram demitidos “acidentalmente”, sem dar detalhes sobre o número de pessoas.
“Ainda que vários postos que apoiavam (os esforços contra a gripe aviária) foram notificados de suas demissões no fim de semana, estamos trabalhando para corrigir rapidamente a situação e rescindir essas cartas”, disse um porta-voz do Departamento de Agricultura à NBC News.
“Os postos de primeira linha do Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar são considerados postos de segurança pública, e continuamos contratando a força de trabalho necessária para garantir a segurança e fornecimento adequado de alimentos para cumprir com a nossa missão estatutária”, acrescentou.
Desde que assumiu a presidência americana, em 20 de janeiro, Donald Trump tem buscado reduzir drasticamente o número de funcionários federais, uma tarefa idealizada pelo bilionário Elon Musk, e o grupo de trabalho do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE).
Os cortes no Departamento de Agricultura aconteceram após uma nova cepa da “gripe aviária altamente patógena (IAHP) H5N9” em uma granja de patos na Califórnia em janeiro, a primeira vez que a variante da gripe foi encontrada em aves domésticas nos EUA.
O Departamento de Agricultura “continua priorizando a resposta à gripe aviária altamente patógena”, informou.
Segundo o meio de comunicação online Politico, 25% dos funcionários foram demitidos no fim de semana em 58 instalações que responderam à disseminação da gripe aviária, e milhares de funcionários do departamento foram notificados de que perderiam seus empregos.
O Departamento de Agricultura não respondeu de imediato aos pedidos de comentários da AFP.
Na semana passada, a administração Trump demitiu quase a metade dos empregados de um programa de epidemiologia de elite dos EUA conhecido como “detetives de doenças”, um golpe para os esforços de saúde pública.
Tribuna Livre, com informações da Agence France Presse.