As empresas de energia, como a francesa Maurel & Prom, a espanhola Repsol e a italiana Eni, confirmaram que foram notificadas da revogação das licenças dos Estados Unidos que lhes permitiam operar na Venezuela, apesar das sanções impostas ao país em 2019.
A Venezuela havia informado no domingo sobre a ordem da administração de Donald Trump, que já havia removido previamente a licença da americana Chevron, em um momento de tensão entre Caracas e Washington, que busca sufocar economicamente o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
“Mantivemos comunicação fluida com as empresas transnacionais de petróleo e gás que operam no país, que foram notificadas nas últimas horas pelo governo dos Estados Unidos sobre a revogação de suas licenças”, afirmou a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, em um comunicado no Telegram.
O jornal The Wall Street Journal informou no sábado que Washington também ordenou que a Global Oil Terminals, do magnata Harry Sargeant III, abandonasse a Venezuela.
Com as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo, a Venezuela produzia três milhões de barris diários (bd) quando Hugo Chávez chegou ao poder há 25 anos, mas viu sua produção cair após anos de má gestão, corrupção e sanções americanas adotadas em 2019.
O país viu seu PIB cair 80% em oito anos consecutivos de recessão, entre 2014 e 2021, em meio à forte queda dos preços do petróleo e de sua produção.
Tribuna Livre, com informação do jornal The Wall Street Journal