Mulher dizia a idoso que “espíritos malignos” poderiam causar mal a ele e à sua família
Uma falsa cartomante de 38 anos, suspeita de aplicar um “golpe espiritual” e extorquir um fazendeiro idoso de 66 anos em mais de R$ 80 mil, deixou a prisão após pagar fiança de R$ 15 mil. Identificada como Sabrina Saviti Jorge e presa na última segunda-feira (20), em Goianésia, ela foi solta na quinta-feira (22), com obrigação de cumprir medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica.
Conforme as autoridades, Sabrina já possui registros criminais. A mulher, que vendia “pacotes de rituais espirituais” para suas vítimas, responde por outros crimes de extorsão e estelionato no município de Goianésia, mas também em Uruaçu e no Distrito Federal. O Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa, mas mantém o espaço aberto.
Sobre o caso que levou a mulher à prisão na última semana, ela dizia ao idoso, conforme a polícia, que “espíritos malignos” poderiam causar mal a ele e à sua família caso não efetuasse os pagamentos.
Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), conheceu a mulher ao ouvir uma propaganda em uma rádio local, onde a suspeita anunciava seus supostos serviços. De acordo com as investigações, Sabrina se apresentava como cartomante e usava o nome de “Sabrina Vitória”. Na primeira consulta, ela cobrou R$ 6 mil para realizar um suposto “trabalho espiritual” para o idoso.
Após o pagamento inicial, Sabrina passou a exigir novos valores, alegando que espíritos fariam mal à vítima caso ela não recebesse. Com medo, o idoso fez diversas transferências ao longo de meses, que somaram cerca de R$ 80 mil.
No último dia 19, a mulher exigiu mais R$ 22 mil, dizendo que o valor seria usado para “fechar a mesa de macumbaria” e encerrar os problemas espirituais. Diante das novas ameaças, o homem procurou a polícia, que montou uma operação e prendeu Sabrina em flagrante quando ela deixava o imóvel onde realizava os atendimentos.
A divulgação da imagem da autuada foi procedida nos termos da Lei nº 13.869/2019 e da Portaria nº 547/2021 – PC, conforme despacho da autoridade policial, de modo que a publicação possa auxiliar na identificação de outras vítimas.
Tribuna Livre, com informações da Polícia Civil de Goiás (PCGO)









