Caso foi descoberto durante preparação de corpo para velório e família acredita que surgiram após procedimento de traqueostomia
A família de um idoso que morreu após internação no Hospital Estadual de Santa Helena de Goiás (Herso), em Santa Helena de Goiás, denuncia ter encontrado larvas na região do pescoço do paciente. João Antônio Firmino, de 82 anos, ficou internado 25 dias na unidade hospitalar devido a uma infecção generalizada, chegando a precisar passar por uma traqueostomia. No local, foi onde surgiram as larvas.
Larvas surgiram após traqueostomia
Segundo uma nora do paciente, que prefere não se identificar, “ele estava com uma infecção generalizada que já havia sido controlada. Depois de uns quatro dias que fizeram a traqueostomia, seu quadro de saúde começou a complicar, dando febre e retornando à infecção por conta das larvas” disse.
Conforme a nora, a traqueostomia – procedimento cirúrgico que consiste em fazer uma abertura na traqueia para que o paciente possa respirar, quando há impedimento nas vias aéreas superiores – foi feita, pois ele já estava há mais de 10 dias entubado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital.
A nora denuncia que as larvas podem ser fruto de falta de limpeza. “Ele fez uma Traqueostomia lá no hospital, mas eles não fizeram a higienização correta”, diz. Sobre as larvas, ela complementa “pelo tamanho, era de uns seis a sete dias”.
Caso foi descoberto em funerária
Ao registrar o caso na polícia, o filho contou que estava tão transtornado com a morte do pai que não percebeu nada enquanto retirava o corpo do hospital. E ao chegar na funerária um colaborador o chamou e mostrou as larvas, explicando que elas não eram do dia, mas de vários dias. O filho do paciente procurou ainda um infectologista que afirmou que as larvas realmente estavam presentes há cerca de 5 a 6 dias. Além disso, segundo afirma o filho, do hospital para a funerária foi curto período para ter a proliferação das larvas.
Indignados e surpresos com o caso, a família do idoso registrou um boletim de ocorrência e procurou o Ministério Público para denunciar o caso. No documento, a denúncia seria de maus-tratos, omissão, negligência e imperícia. “Tem que tomar alguma providência para que isso não aconteça com outras famílias” afirma a nora.
O portal entrou em contato com o Hospital Estadual de Santa Helena de Goiás Dr. Albanir Faleiros Machado (Herso) e aguarda um posicionamento.
Tribuna Livre, com informação dos familiares do idoso.