Polícia Civil foi acionada pela equipe do banco, que identificou aparente falsificação no documento pessoal da cliente
Três integrantes de uma família de Uberlândia (MG) foram presos em flagrante na última sexta-feira (14/11), em Goiânia. O grupo, composto por um homem, sua filha e a namorada dele tentava abrir contas bancárias com documentos falsos na capital. O delegado Gustavo Mendes, responsável pelo caso, explicou ao Mais Goiás que o intuito do grupo era agir em uma região distante afim de evitar qualquer pesquisa mais minuciosa sobre os dados contidos nos documentos.
“A nossa equipe foi acionada pela segurança do banco. No momento em que a filha tentou realizar a abertura da conta, os atendentes identificaram aparente falsificação na documentação apresentada. Diante dessa suspeita eles estabeleceram contato conosco e imediatamente nos dirigimos ao local”, explicou o titular.
A prisão ocorreu logo depois que a mulher deixou uma agência bancária no Setor Leste Vila Nova. “Nós a abordamos e percebemos que havia um veículo dando suporte a ação. Esse carro foi identificado e o pessoal que estava nele também foi abordado”, disse o delegado. Durante a abordagem, policiais apreenderam documentos falsificados, aparelhos celulares, uma máquina de cartão de crédito e o veículo utilizado na ação.
Falsificação bem feita
À reportagem, o delegado considerou que os documentos utilizados pelo grupo eram bem feitos e poderiam passar facilmente pelas mãos de pessoas desatentas. “As cédulas do documento eram, aparentemente, verdadeiras. Ou seja, apenas os dados eram falsos. A foto era da pessoa que a utilizava. Então do ponto de vista documental, o documento apresentava, sim, certa veracidade. Porém, os dados pertenciam a outra pessoa”, explicou antes de acrescentar que caso fosse apresentado a alguém menos criterioso o objetivo do grupo seria atingido.
Segundo as investigações da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), que atuou no caso por meio do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Gref), os suspeitos vieram de Minas Gerais com o objetivo de criar contas em nome de terceiros para obter empréstimos, explorar limites de cheque especial e praticar outras fraudes financeiras.
A PCGO disse que o pai, que aguardava a filha no carro, contava com registros criminais no estado de Minas Gerais pela prática de estelionato. “Já a filha, que de fato utilizou o documento, possui apenas uma anotação criminal por falsa comunicação de crime”, disse o delegado. Quanto à namorada do pai, que também foi presa, não foram identificados registros criminais anteriores. No entanto, a polícia segue investigando a prática de outros crimes com suposta participação do grupo.
Os três foram conduzidos à sede da Deic, onde foram autuados em flagrante pelos crimes de associação criminosa, tentativa de estelionato e uso de documento falso. Após os procedimentos, eles foram encaminhados a uma unidade prisional, onde permanecem à disposição da Justiça.
Tribuna Livre, com informações da Polícia Civil (GO)








