A SMS informou que a área foi isolada e que o caso será investigado pelo IML
A família de Flávio Brandão Barros, de 55 anos, atacado por abelhas africanas na Praça Léo Lince, no setor Oeste, em Goiânia, na tarde de sábado (20), acredita que a falta de sinalização durante a atuação dos servidores do Centro de Zoonoses no local possa ter contribuído para a morte do técnico de informática. Segundo a cunhada, Tatiuci Fernanda, a esposa da vítima, que era servidor da secretaria de Estado do Meio Ambiente, foi inicialmente picada pelo enxame e correu até um homem que trabalhava na retirada da colmeia, mas não recebeu socorro imediato.
Flávio, então, teria salvado a esposa ao vê-la desesperada sendo picada pelos insetos. “Tinha uma pessoa de laranja lá [uniforme], mas ela apenas pediu para minha cunhada se afastar, não ajudou em nada”, relatou Tatiuci. A família afirma que não havia placas nem pessoas orientando sobre a remoção das abelhas.
O técnico seguiu com a esposa, que continuava passando mal, até uma drogaria, onde comprou um medicamento e deu para ela tomar. Ele ainda tentou dirigir, mas acabou desmaiando. O casal foi socorrido e levado ao Cais de Campinas, onde recebeu atendimento. No domingo, Flávio começou a passar mal novamente e precisou retornar à unidade de saúde, onde sofreu duas paradas cardíacas e não resistiu.
A vítima deixa esposa e um filho do primeiro relacionamento. As causas da morte ainda estão sendo investigadas pelo Instituto Médico Legal (IML), após a realização dos exames necroscópicos. O corpo deverá ser liberado para velório e sepultamento ainda nesta manhã.
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informou que a Diretoria de Zoonoses foi acionada na quinta-feira (18) e que as equipes de controle de animais sinantrópicos efetuaram a retirada das abelhas no sábado, dentro do prazo de 72 horas previsto para remoção de colmeias. Segundo a SMS, a área foi isolada com faixa zebrada e agentes orientaram a população.
A secretaria destacou ainda que a morte de Flávio será investigada pelo Instituto Médico Legal (IML) e que não é possível afirmar que o óbito ocorreu exclusivamente em função do ataque das abelhas.
Leia na íntegra a nota enviada pela Secretaria de Saúde de Goiânia (SMS)
“A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informa que a Diretoria de Zoonoses foi acionada na sexta-feira (20) e que as equipes de controle de animais sinantrópicos efetuaram a retirada das abelhas do local no último sábado (21), dentro do prazo de 72h previsto para a remoção de colmeias e com o isolamento da área para transeuntes com faixa zebrada e agentes orientando a população.
A SMS destaca que há aumento de ataques dos animais em todo o país durante a primavera e o verão, quando há maior crescimento populacional da espécie. Isso ocorre em razão das altas temperaturas e baixa umidade dessas estações – que favorecem a reprodução, levando as colônias a se dividirem e buscarem novos locais para se instalar; do período de floração, com aumento da disponibilidade de alimentos; e das queimadas, que desalojam as abelhas de suas colmeias.
A secretaria orienta que a população deve acionar a Diretoria de Zoonoses para a remoção segura de abelhas e colmeias, pelo WhatsApp 62 99152-2545.
A SMS destaca que a morte do paciente será investigada pelo Instituto Médico Legal (IML) e que não é possível afirmar que o óbito ocorreu em função do ataque de abelhas.”
Tribuna Livre, com informações da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS)