O produtor rural confirmou a imobilização como forma de de “dar um susto” no trabalhador de quem suspeitava ser autor do furto de R$ 10 mil
Um produtor rural de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, foi preso suspeito de sequestrar e manter em cárcere privado um ex-funcionário que ele acusou de furtar R$ 10 mil.
De acordo com a Polícia Militar, o contratante, de 34 anos, teria chamado o antigo empregado para ajudar em um serviço extra com o trator na zona rural da cidade. No entanto, o convite de trabalho seria uma armadilha para confrontar o homem, de 20 anos, que se tornaria vítima.
Chegando no local, ele foi imobilizado e, com uma corda, teve o pescoço laçado. A vítima ainda foi amarrada pelas mãos e pelos pés. Em seguida, foi colocada em uma carretinha, acoplada a um veículo.
Além do valor de R$ 10 mil, um cheque teria sido furtado da sede da fazenda. Para saber a respeito do dinheiro, o funcionário estava sendo coagido.
A vítima, entretanto, tinha um canivete no bolso e conseguiu romper as amarras e fugir. Na casa de um parente, ela chamou a polícia. Os policiais verificaram marcas nos pulsos e no pescoço e se encaminharam até a propriedade rural onde os crimes tinham acontecido.
O produtor rural confirmou a imobilização como forma de de “dar um susto” no trabalhador de quem suspeitava. Ele ainda afirmou que o ex-funcionário teria confessado o furto na presença de uma testemunha, de 52 anos, por estar em dificuldade financeira. Para os policiais, porém, ele negou ter pegado o dinheiro.
A esposa do produtor contou à polícia que, dias antes, o rapaz havia prestado serviços na fazenda e ficou sozinha no imóvel por um tempo. Ao retornar, percebeu que uma cadeira havia sido posicionada de forma estranha no quarto, justamente ao lado do móvel onde estava o dinheiro. Isso antes de perceber o sumiço dos valores.
Enquanto o fazendeiro recebeu ordem de prisão e foi conduzido para a Delegacia de Plantão em Patos de Minas, o homem amarrado será ouvido, em liberdade, pela Polícia Civil nas investigações do furto e do cárcere.
Tribuna Livre, com informações da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG)