MP diz na denúncia que fisiculturista agrediu a vítima com chutes e socos, causando-lhe diversas lesões e traumatismo craniano
Vai a júri popular nesta quinta-feira (26) o fisiculturista Igor Porto Galvão, acusado de matar a companheira dele, Marcela Luíse de Souza Ferreira, no dia 20 de maio de 2024. Igor e Marcela tiveram um relacionamento que durou nove anos, conviviam em união estável e tinha uma filha.
Igor foi preso no dia 17 de maio do ano passado, após levar Marcele a um hospital particular, sete dias antes, e alegar que ela havia caído enquanto limpava a casa. Os médicos viram que as lesões eram muito graves e acionaram a Polícia Civil.
Marcela ficou internada por dez dias, mas não resistiu. O laudo do exame cadavérico apontou que ela morreu por traumatismo craniano. O Ministério Público diz na denúncia que, na tarde do dia 10 de maio do ano passado, após uma discussão, o réu agrediu a vítima com chutes e socos, causando-lhe diversas lesões e traumatismo craniano. Após as agressões, Igor deu banho em Marcela e, com ela desfalecida, levou-a até um hospital, alegando que ela teria sofrido acidente doméstico.
Com as provas em mãos, a Polícia Civil solicitou e a justiça decretou a prisão temporária do fisiculturista, que foi preso alguns dias depois da internação da mulher. Testemunhas contaram à polícia que Marcela era frequentemente vista com hematomas pelo corpo e até mesmo sem dentes. Porém, sempre desviava o assunto. O que levou a polícia a reforçar a tese das frequentes agressões.
O fisiculturista é réu por homicídio com as seguintes qualificadoras: motivo fútil, meio cruel, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, cometido contra mulher, por razões da condição de sexo feminino (feminicídio).
Tribuna Livre, com informações do Ministério Público (GO)