Questionado sobre quando Bolsonaro voltaria ao Brasil,
Flávio deixou em aberto: “Pode ser amanhã, pode ser em seis meses, pode
ser nunca”
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, neste sábado
(28/1), que o pai, Jair Bolsonaro (PL), não tem previsão de voltar ao Brasil. O
ex-presidente viajou aos Estados Unidos no fim de dezembro, dois dias antes da
posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na quinta-feira (26/1), a ex-primeira-dama Michelle
Bolsonaro desembarcou em Brasília após um período sabático ao lado do marido,
em Orlando. Bolsonaro, no entanto, ficou nos Estados Unidos. Questionado sobre
quando o ex-presidente voltaria, Flávio deixou em aberto: “Pode ser amanhã,
pode ser em seis meses, pode ser nunca”.
A declaração do filho do ex-presidente foi dada após a
reunião que formalizou a aliança entre PL, PP e Republicanos no apoio à
candidatura de Rogério Marinho para a presidência do Senado Federal.
Visto prestes a vencer
Na ocasião, o senador também foi perguntado sobre a
situação do visto de Bolsonaro. Ele viajou aos Estados Unidos com o visto
diplomático oficial de presidente da República. O documento perderá validade no
fim deste mês. Flávio afirmou que a autorização precisa ser revista, mas não
confirmou se isso já ocorreu ou se está em trâmite.
Em relação ao risco de extradição, que chegou a ser
pedida por parlamentares democratas nos EUA, o filho do ex-presidente afirmou
acreditar que o país “não fará nada fora da lei”.
“É a extrema-esquerda que faz, nos EUA, o papel da
extrema-esquerda daqui. Eles pressionam por questão política. Mas acredito que
o EUA seja um país sério, que não fará nada fora da lei. Sei que ele foi com
visto de presidente e, obviamente, se já não foi convertido, será convertido
num visto de turista, que ele tem direito. Ele está descansando”, declarou.
“Não sei dizer se já aconteceu a conversão. Ele está
muito tranquilo, está acompanhando a distância o que está acontecendo no
Brasil, com consciência tranquila de que fez o melhor para o país.”
Críticas as Pacheco
Sem nomear diretamente o adversário de Marinho, Rodrigo
Pacheco (PSD-MG), Flávio atribuiu ao atual presidente do Senado parte da culpa
sobre o clima de instabilidade no país e os atos golpistas do dia 8 de janeiro.
“Se nós vimos tudo aconteceu nos últimos meses é porque,
talvez, quem estava sentado na cadeira da presidência do Senado não teve a
capacidade ou a visão para buscar essa pacificação, para promover o diálogo.
Porque é assim que a gente busca unidade no parlamento”, disse.
Pacheco responde Flávio Bolsonaro
Nas redes, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado
Federal que busca a reeleição ao cargo, se posicionou após as declarações de
Flávio. Também sem citar seu colega de parlamento, o mineiro foi ao Twitter
defender seu mandato.
“Declarações que demonstram afastamento da realidade e
desconhecimento do cotidiano da Presidência do Senado, que nunca abriu mão do
equilíbrio e da busca pelo diálogo. Vamos tomar as medidas necessárias contra
os golpistas criminosos e aguardar que a Justiça brasileira decida quem são
realmente os culpados”, disse Pacheco.










