Em protesto no Rio de Janeiro, Senador defendeu anistia ampla aos envolvidos na investigação sobre o 8 de janeiro de 2023 e criticou decisões de Alexandre de Moraes
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, neste domingo (7/9), que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) representa uma “segunda facada” ao político. A declaração foi dada durante uma manifestação pró-anistia em Copacabana, no Rio de Janeiro. Apoiadores do ex-chefe do Planalto estão protestando neste 7 de Setembro para tentar pressionar o avanço da pauta no Congresso Nacional.
“Ontem, fez 7 anos que meu pai levou aquela facada. O que o Alexandre de Moraes está fazendo com meu pai é uma segunda facada. Todo mundo sabe o que vai acontecer essa semana no Supremo. Porque aquilo é uma farsa, um teatro”, declarou.
Flávio disse que as imagens da manifestação chegarão ao ex-presidente — que está proibido de se manifestar em público por decisão judicial, além de não poder acessar as redes sociais.
“O meu pai, mais uma vez, não pode estar presente, mas eu trago ele aqui nessa camisa com o ano 2026, que é o que nós exigimos. É direito do povo brasileiro escolher quem quer pra ser presidente do Brasil”, afirmou.
Jair Bolsonaro é réu o Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado nas eleições de 2022. Na terça-feira (9/9), a Corte vai retomar o julgamento. O ex-presidente pode ser condenado com até 43 anos de prisão. Flávio projetou novas mobilizações da direita, em caso de condenação.
“Esse linchamento que vai acontecer essa semana vai trazer cada um de nós pra rua de novo pra defender a democracia e o maior presidente que esse país já viu. Bolsonaro vai voltar a ser presidente da República em 2026”, disse.
O ato foi convocado pelo próprio senador e pelo pastor Silas Malafaia, como parte da campanha em defesa da anistia a condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023.
Desde 10h, manifestantes vestidos de verde e amarelo se concentraram no posto 4 da orla, onde um caminhão de som reuniu os organizadores e aliados políticos de Bolsonaro. Entre os presentes estavam o governador Cláudio Castro (PL) e os deputados federais do RJ Alexandre Ramagem (PL), Luiz Lima (Novo), Eduardo Pazuello (PL), Hélio Lopes (PL) e Clarissa Garotinho (PL).
Defesa de anistia
Durante o discurso, Flávio defendeu que o projeto de anistia em discussão no Congresso também contemple o pai.
“O texto que nós vamos apresentar para que seja aprovado na Câmara e depois no Senado vai ser para anistiar todos aqueles que são perseguidos. Nós não vamos admitir uma anistia que não atenda também o presidente Bolsonaro. Anistia não é sobre pessoas, é sobre fatos. A farsa é tão generalizada que todos são acusados de cometer os mesmos atos ao mesmo tempo e na mesma proporção”, afirmou.
O senador voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, que é relator das ações contra Bolsonaro no STF.
“Seus filhos vão ler nos livros de história que nós conseguimos derrubar a ditadura de Alexandre de Moraes. Eu fico impressionado como ele tem traço de psicopatia. Uma pessoa que não liga para a própria família, como ele parece não ser, não pode ser normal. Que quer continuar bancando uma competição covarde com Bolsonaro”, disse.
Ele disse que o Judiciário pode reagir contra as decisões de Moraes na Corte.
“O próprio Supremo vai dar a cabeça de Moraes na bandeja porque ele foi longe demais, porque todos sabem que não houve tentativa de golpe. Nós vamos continuar usando a internet usando a verdade ao nosso lado”, declarou.
Tribuna Livre, com informações das redes sociais