O duplo homicídio aconteceu em 2019, em um apartamento no
Cruzeiro Novo. Juenil Bonfim de Queiroz foi condenado a 30 anos de prisão
Fonte: Metrópoles – Por Thalita Vasconcelos
O sargento da reserva da Aeronáutica Juenil Bonfim de
Queiroz, condenado a 30 anos de prisão por matar a esposa e um vizinho, no
Distrito Federal, em 2019, foi expulso da corporação, após ser julgado pelo
Conselho de Disciplina. O comunicado foi enviado para a defesa do acusado nessa
terça-feira (20/12).
O duplo homicídio
aconteceu em 12 de julho de 2019, em um apartamento no Cruzeiro Novo. Queiroz
efetuou os disparos de arma de fogo contra a esposa Francisca Naíde de Oliveira
Queiroz, 58, e o ex-vizinho Francisco de Assis Pereira da Silva, 41, por
suspeitar de um relacionamento extraconjugal entre os dois.
Contudo, Francisco
namorava outro homem – que estava na hora do crime, mas conseguiu fugir. O
sargento foi preso em flagrante.
Francisca e Queiroz eram
casados há 32 anos e tiveram dois filhos. De acordo com um dos filhos do casal,
a mãe já havia registrado boletim de ocorrência contra o marido por violência
doméstica.
O documento que trata da
exclusão de Juenil foi despachado pelo comandante da Força Aérea Brasileira
(FAB), o tenente-brigadeiro do ar, Carlos de Almeida Baptista, dia 10 de
novembro.
Desde que foi preso em
2019, ele estava detido no Comando Aéreo Regional (Comar). Agora, com a
exclusão do quadro de funcionários da corporação, o sargento será transferido
para o Complexo Penitenciário da Papuda.
De acordo com o advogado
do preso, Samuel Magalhães, na carceragem Juenil contraiu Covid-19 e teve
sequelas, dentre elas a perda parcial da audição em um dos ouvidos. Além disso,
ele alega que também há uma recomendação de cirurgia para o cliente.
A defesa afirmou que irá
recorrer da decisão na esfera Judicial.
Relembre o caso
No dia do crime, segundo
depoimento de Marcelo, com quem Francisco mantinha um relacionamento há cinco
anos, o sargento conversava com o casal e duas mulheres embaixo do bloco. O
sargento da Aeronáutica pediu para que Francisco subisse para “tratar uma
questão”.
Marcelo afirmou que ele só
subiria acompanhado. “Quando chegamos lá em cima, ele disse: ‘Vou te mostrar o
que um homem faz com quem mexe com mulher casada. Ou a gente corta o pinto ou a
gente tira a vida’. Depois disso, atirou na cabeça do Francisco e deu quatro
tiros na mulher”, contou o depoente.
Segundo a testemunha, o sargento alegava ter
vídeos e mensagens que comprovavam o relacionamento extraconjugal da esposa com
Francisco, mas nada foi apresentado no momento da discussão. “Foi à
queima-roupa. Ele deu um tiro na cabeça e jorrou sangue. É um psicopata”,
lamentou o companheiro do homem