Desde sexta
(18/11), caminhoneiros voltaram a ocupar rodovias em protestos. Manifestantes
também defenderam paralisação
A Frente Parlamentar dos Caminhoneiros publicou uma nota neste sábado
(19/11) em que afirma não haver movimento de paralisação ou de obstrução de
rodovias pela categoria. Os protestos seriam contra a decisão do ministro
Alexandre de Moraes de bloquear as contas de empresas suspeitas de financiar
atos após o fim do segundo turno das eleições.
Na nota assinada pelo deputado Nereu Crispim, a Frente diz que as
informações que circulam sobre uma possível paralisação tratam-se de “fake
news”.
“A Frente Parlamentar dos Caminhoneiros condena veementemente o uso
indevido do nome da categoria por meios de comunicação e jornalistas
tendenciosos de extrema direita apoiadores declarados do candidato que perdeu
as eleições dia 30 de outubro para intimidar o povo brasileiro como se
caminhoneiro fosse bucha de canhão para pregar ódio e desobediência civil como
ocorrido em sete de setembro de 2021”, pontua.
Parte dos caminhoneiros retomou alguns bloqueios e manifestações em
rodovias do país nessa sexta-feira (18/11). De acordo com o último boletim da
Polícia Rodoviária Federal (PRF), há cinco bloqueios e 18 interdições em vias
do país. As manifestações se concentram, principalmente, no Mato Grosso.
É o segundo movimento de bloqueio de rodovias desde o segundo turno das
eleições. A quantidade de bloqueios agora é bem menor que da primeira vez. Na
primeira semana após o resultado da votação, centenas de interdições chegaram a
ser registradas.
Decisão de Moraes
Em grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), militantes
defendem que os protestos dessa semana são uma resposta à decisão do ministro
do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que puniu os
responsáveis por financiar os movimentos.
No último sábado (12/11), o STF determinou o bloqueio das contas de 43
empresas e pessoas físicas por financiarem esses atos. A decisão foi noticiada
na quinta (17/11).
Moraes determinou que a Polícia Federal (PF) colha depoimentos de todas
as empresas e pessoas listadas. Na ocasião, o ministro citou o deslocamento de
115 caminhões para o QG do Exército, em Brasília, onde os manifestantes se
concentram.
Confira a nota da Frente Parlamentar dos Caminhoneiros:
É FAKE NEWS QUE OS CAMINHONEIROS FARÃO PARALISAÇÃO
A Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e
Celetistas a pedido de várias entidades que representam a categoria em todo território
brasileiro que não existe nenhum movimento de paralisação ou de obstrução de
rodovias para protestar contra decisões do Ministro Alexandre de Moraes de
bloqueio de recursos de empresas e pessoas que estavam patrocinando atos
golpistas e antidemocráticos contra ordem constitucional vigente como pedido de
intervenção dos militares!
A categoria aceita de forma democrática o resultado das eleições e não
tem nada a contrapor quanto à segurança das urnas eletrônicas!
A Frente Parlamentar dos Caminhoneiros condena veementemente o uso
indevido do nome da categoria por meios de comunicação e jornalistas
tendenciosos de extrema direita apoiadores declarados do candidato que perdeu
as eleições dia 30 de outubro para intimidar o povo brasileiro como se caminhoneiro
fosse bucha de canhão para pregar ódio e desobediência civil como ocorrido em
sete de setembro de 2021.
O Brasil quer paz e políticas objetivas de combate a fome a miséria a
desigualdade e a falta de governo social ocorrida nos últimos quatro anos
Caminhoneiro não é massa de manobra de empresário vantagem financiador
de golpe Institucional!
Deputado Federal Nereu Crispim PSD/RS
Presidente da Frente Parlamentar dos Caminhoneiros Autônomos