14/11/2025

Galípolo sobre reuniões do Copom: “Diálogo super-rico”

"Talvez eu tenha gerado essa ideia de condução que foi colocada aqui, mas não é nenhuma conduzida, nenhuma reunião, somos um colegiado, um Comitê de Política Monetária", reforçou Galípolo, elogiando a capacidade técnica dos demais integrantes do Copom - (crédito: Fotográfo/Agência Brasil)

O presidente do BC, Gabriel Galípolo, tenta minimizar as críticas do ministro Fernando Haddad, que atribuiu a alta dos juros a seu antecessor e disse que a decisão é fruto do diálogo entre os diretores

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, tentou minimizar as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) são culpa do ex-presidente do órgão Roberto Campos Neto. Segundo ele, as decisões são de continuidade da política monetária e isso não mudou dentro da autoridade monetária, já que os diretores são independentes em suas decisões e as reuniões do Copom resultam de um “diálogo super-rico” entre eles.

Na semana passada, o Banco Central elevou pela sétima vez consecutiva a taxa básica da economia (Selic), para 15% ao ano, em uma decisão unânime da diretoria agora composta com a maioria dos diretores renovada, com sete dos nove membros do Copom indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com Haddad, o aumento da Selic foi “contratado” na gestão de Campos Neto.

“Eu dei a mesma resposta que eu dei todas as vezes e já fazem seis meses. O que eu quis dizer é que é mais uma questão de continuidade e não tem nenhum tipo de mudança”, afirmou ele, nesta quinta-feira (26/6), ao recordar que, na última reunião do Copom de 2024, Campos Neto permitiu a ele, então diretor de Política Monetária, “conduzir a reunião e que falasse mais do que os outros”.

De acordo com Galípolo, como ele tem conversado frequentemente com Haddad, e comenta sobre as conversas nas reuniões do colegiado, mantém as declarações que deu em dezembro, quando reconheceu que a barra estava muito alta para que o ciclo de aperto monetário, iniciado em setembro de 2024, fosse interrompido, dando um cavalo de pau. “E esse tema a gente sempre conversa e também conversamos sobre futebol”, disse ele, citando o atual mundial de clubes que ocorre nos Estados Unidos.

“Talvez eu tenha gerado essa ideia de condução que foi colocada aqui, mas não é nenhuma conduzida, nenhuma reunião, somos um colegiado, um Comitê de Política Monetária, e o diálogo é super rico aqui”, reforçou ele, elogiando a capacidade técnica dos demais integrantes do Copom. “Eu acho que todos, naquela reunião, foram generosos em entender que a partir do fato que eu já estava indicado e aprovado,  poderiam deixar que eu falasse um pouco mais do normal. Eu já falo bastante, muito mais isso. E todos os votos expressam a opinião de cada um de nós”, afirmou.

O presidente do BC também reconheceu que, no próximo mês, será obrigado a divulgar uma carta aberta ao Conselho Monetário Nacional (CMN) explicando o descumprimento da meta de inflação, que passou a ser contínua. A previsão é que isso ocorra logo após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelar os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, previsto para 10 do próximo mês.

Congresso

Galípolo evitou comentar sobre as recentes derrotas do governo no Congresso, como a derrubada de vetos que aumentam gastos e a do decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que previa um aumento de receita para o governo.

“A gente vê com bons olhos o debate de medidas estruturantes, especialmente no cenário que estamos vendo hoje. E, com as novas correlações, uma sinalização pode oferecer vantagem competitiva”, apontou.

O presidente do BC reconheceu ainda que, diante da falta da receita prevista com o IOF, o governo agora precisará fazer um contingenciamento maior, como alguns integrantes da equipe econômica e a minsitra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, sinalizou.

Tribuna Livre, com informações do Banco Central

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