Gabinete de Crise Climática definiu estratégias como desvios no trânsito para proteger população em risco de alagamento
A Prefeitura de Goiânia definiu pontos críticos para ações emergenciais durante fortes chuvas na capital. Os locais foram definidos na segunda-feira (27/1), durante reunião do Gabinete de Crise Climática, criado pela gestão municipal em parceria com o Governo de Goiás, para estabelecer medidas preventivas para enfrentar os impactos das chuvas. Foram mapeados locais, como a região da Avenida Independência com Leste Oeste, Marginal Botafogo, e áreas próximas à Avenida D e Rua 90 no Setor Sul, que registram maior risco de alagamentos.
Conforme a gestão municipal, as principais áreas de risco estão sendo monitoradas 24 horas por dia. O diretor de trânsito da Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito (SET), Luís Tiago, explica que, no plano de ação, foram estabelecidos pontos da Marginal Botafogo que já receberam materiais de bloqueio viário para viabilizar intervenções rápidas, caso o nível do córrego aumente.
“Estamos preparados para desviar o trânsito de forma segura e proteger a população, principalmente os motociclistas, que são mais vulneráveis em situações de alagamento. Por isso, estamos programando as intervenções de forma que elas sejam menos impactantes para a população, e que traga soluções”, afirmou.
Além disso, faixas que ajudam no combate a alagamentos foram pintadas na Marginal Botafogo. Quando a água atingir o nível vermelho, o trânsito será desviado da avenida.
Simulação de pontos críticos durante fortes chuvas
De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), estão previstas chuvas torrenciais para esta semana em Goiânia. Com isso, o Gabinete de Crise Climática prepara uma simulação na Marginal Botafogo, que deve ser realizada na quarta-feira (29/1), para testar o plano de ação, com desvios de trânsito e fechamento temporário de trechos. A medida visa preparar as equipes e garantir que as ações sejam executadas com eficiência em casos de emergências.
O coordenador de Proteção e Defesa Civil de Goiânia, Robledo Mendonça, destacou que a colaboração da população é essencial para minimizar os impactos das chuvas. “Pedimos para que a população colabore, a cidade precisa ser segura, mas não adianta só a prefeitura fazer a parte dela, a população também tem que fazer a sua parte”, disse. “Durante a chuva, se você já está em um local seguro, permaneça. Não saia, não enfrente a chuva, não enfrente vias alagadas, porque isso pode causar um mal maior”, alertou Robledo.
Gabinete de Crise Climática
Participam do gabinete, da parte do município de Goiânia, a Defesa Civil Municipal, Guarda Civil Metropolitana (GCM), Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), Saúde e Comunicação. A Seinfra realizou, neste mês, a limpeza de mais de 1,7 mil bocas de lobo, 22 poços de visita, 210 canaletas e 118 bueiros, além de 7,2 mil metros de ramais. No total, foram retiradas 238 toneladas de entulho nestas operações, até dia 25 de janeiro.
Além das ações imediatas, o Gabinete de Crise Climática prevê soluções estruturais para mitigar os problemas causados pelas chuvas, como obras de drenagem em áreas vulneráveis. O gabinete atua na sede da Defesa Civil do Estado de Goiás, ao lado do Estádio Serra Dourada, local que conta com monitoramento climático em tempo real.
A população deve ficar atenta aos avisos emitidos pela Defesa Civil e buscar evitar deslocamentos durante as chuvas. Em caso de emergência, disque 153 para Defesa Civil e 193 para Bombeiros.
Tribuna Livre, com informações da Prefeitura de Goiânia
