Relação divulgada pelo Ministério da Justiça reúne 216 criminosos ligados ao crime organizado
Sete criminosos de Goiás estão na lista dos foragidos mais procurados do país, divulgada nesta semana pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). O levantamento faz parte do Programa Captura, ação federal que intensifica a caçada a integrantes do crime organizado e conta com o apoio direto da população por meio de denúncias anônimas.
A lista reúne 216 criminosos considerados de alta periculosidade, todos com mandados de prisão em aberto. O objetivo é localizar e prender alvos estratégicos para desarticular facções, quadrilhas interestaduais e reduzir os índices de violência no Brasil. No site oficial do programa constam dados completos dos procurados, como nome, apelidos, CPF, data de nascimento e histórico criminal.
O programa é coordenado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), que recebe das unidades da federação os nomes dos criminosos apontados como prioritários. A escolha leva em conta uma matriz de risco, que avalia fatores como a gravidade dos crimes, ligação com facções, quantidade de mandados de prisão e atuação em mais de um estado.
Além de reforçar a integração entre os órgãos de segurança, a iniciativa aposta na participação direta da população como ferramenta fundamental para capturar os foragidos. Qualquer informação pode ser repassada, de forma totalmente anônima, pelos telefones 190 (Polícia Militar), 197 (Polícia Civil) ou 181 (Disque-Denúncia).
Novo sistema de inteligência contra o crime organizado


Paralelamente à divulgação da lista, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, instituiu nesta semana o Sistema Nacional de Inteligência para Enfrentamento ao Crime Organizado (Orcrim). A nova estrutura cria um banco de dados nacional sigiloso para fortalecer o combate a facções e organizações criminosas estruturadas.
O sistema vai permitir a integração entre os principais órgãos de segurança, com compartilhamento de informações, padronização de métodos de identificação de suspeitos e cruzamento de dados em tempo real.
O acesso ao Orcrim será restrito às agências de inteligência da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, polícias Civil e Militar dos estados e do Distrito Federal, além das secretarias de segurança e dos sistemas penitenciários.
Tribuna Livre, com informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).







