Saldo negativo foi maior do que o esperado pela equipe econômica para o período
O resultado primário do Governo Central em junho de 2025 foi deficitário em R$ 44,3 bilhões, o que representa um aumento do saldo negativo em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o deficit foi de R$ 38,7 bilhões, a preços correntes. No mesmo período, a receita líquida registrou um ligeira queda, em termos reais, de R$ 174,2 milhões (0,1%), ao passo em que a despesa total teve um aumento de R$ 3,3 bilhões (1,6%), se comparada a junho de 2024.
Já o resultado conjunto do Tesouro Nacional e do Banco Central foi superavitário em R$ 5,1 bilhões, ao mesmo tempo em que a Previdência Social (RGPS) registrou deficit de R$ 49,4 bilhões. O decréscimo da receita líquida no mês foi resultado da combinação do aumento real de 5,4% das Receitas Administradas pela Receita Federal (R$ 7,3 bilhões), além de quedas de 23,8% das Receitas Não Administradas (-R$ 6,4 bilhões) e de 6,8% na Arrecadação Líquida para a Previdência Social (-R$ 3,6 bilhões).
Os principais destaques em relação às receitas administradas se devem ao superavit de R$ 19,2 bilhões do Imposto de Renda, com avanço da arrecadação do tributo, sobretudo entre pessoas físicas, além de resultados positivos de outras receitas administradas, que tiveram um resultado positivo de R$ 12,2 bilhões no período. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (30/7), em coletiva no Ministério da Fazenda.
Pelo lado dos gastos, os principais responsáveis pelo aumento das despesas foram o acréscimo de R$ 5,7 bilhões em benefícios previdenciários, que segundo o Tesouro, se deve principalmente ao aumento real do salário mínimo e da quantidade de beneficiários. Esses mesmos fatores também contribuíram para o crescimento das despesas com os Benefícios de Prestação Continuada (BPC) (R$ 1,2 bilhão).
Acumulado do ano
No primeiro semestre de 2025, o governo central acumulou um deficit primário de R$ 11,5 bilhões. Entre janeiro e junho do ano anterior, o resultado foi deficitário em R$ 67,4 bilhões. Na primeira metade deste ano, houve um superavit de R$ 192,2 bilhões nas contas do Tesouro Nacional e Banco Central, enquanto que a Previdência Social atingiu deficit de R$ 203,7 bilhões.
Tribuna Livre, com informações do Tesouro Nacional e do Banco Central