Após duas votações perdidas, plenário esvaziado na Câmara escancara ausência da base governista; oposição toma protagonismo e acusa Lula de fragilidade e má gestão econômica
Após duas derrotas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso Nacional, a oposição ocupou um plenário esvaziado pela base governista nesta quarta-feira (18/6). O cenário reforçou a percepção de fragilidade da articulação política do Palácio do Planalto e alimentou críticas duras por parte dos parlamentares contrários à gestão petista.
Para o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), o governo vive um processo de colapso visível. “O governo está derretendo. Porque o cofre está vazio”, disse. Segundo ele, o Executivo tenta agora criar impostos para cobrir gastos desordenados.
“Nós estamos cansados de pagar impostos. […] Cada vez mais esse presidente perde credibilidade porque só quer tirar dinheiro do povo”, afirmou o parlamentar. Ele acusou o governo de falta de planejamento e alertou para um “desastre econômico” a partir de 2026.
Enquanto a oposição se fazia presente em peso no plenário da Câmara, a base do governo quase não apareceu. A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) foi a única voz do campo governista a defender publicamente as pautas do Executivo durante a sessão.
Decisões impopulares
A avaliação de que o governo está em retração também foi feita pelo deputado Sargento Fahur (PSD-PR). “O governo está fraco, está fazendo um enfrentamento com o Congresso Nacional onde ele está perdendo”, declarou ao Correio. Segundo ele, o desgaste é consequência de decisões impopulares. “As pessoas não querem mais aumento de impostos. […] Essas derrotas mostram uma tendência do governo Lula daqui para frente: o governo está derretendo, na minha opinião, e vai continuar perdendo aqui no Congresso Nacional.”
Fahur criticou ainda a tentativa do Executivo de controlar as indicações para a CPMI que investiga fraudes contra aposentados. “O governo já está articulando para colocar pessoas dele em pontos-chave. Nós vamos trabalhar para colocar pessoas sérias para investigar de verdade”, concluiu.
A ausência física da base governista deu espaço para que a oposição reforçasse a narrativa de um governo em queda livre. A imagem de Erika Kokay sozinha no plenário reforçou o isolamento que, para adversários, já não é apenas ocasional,
Tribuna Livre, com informações da Agência Estado