Grupo esperava atendimento em um ponto de drogas quando foi baleado. A suspeita é que o crime tenha relação com uma rivalidade entre lideranças do tráfico
Em mais um capítulo da guerra entre gangues de Belo Horizonte (MG), um jovem de 25 anos morreu a tiros e outros dois, de 25 e 34 anos, foram baleados. O trio esperava atendimento em uma boca de fumo quando foram alvos do ataque, na noite dessa sexta-feira (22/8) no bairro Jardim Felicidade, na Região Norte da capital.
De acordo com o boletim de ocorrência, o corpo do jovem foi encontrado com múltiplas perfurações de tiros nos glúteos, nos braços e nas costas na Rua Trinta e Oito. Ele estava na companhia dos outros dois homens, que foram socorridos por populares ao Hospital Risoleta Neves, onde deram entrada com tiros no peito e no quadril, respectivamente, sem risco de morte.
A vítima baleada no quadril ficou em observação médica, enquanto a baleada no peito foi encaminhada ao bloco cirúrgico.
No hospital, uma dos homens baleados relatou que o ataque foi feito por um suspeito em um Nivus branco, com dois ocupantes, que subiu a rua e disparou contra o trio.
Testemunhas que preferiram não se identificar confirmaram a versão e disseram que o atirador usava uma pistola com carregador alongado, enquanto um outro carro, um Siena prata, fazia cobertura. Informações recebidas pelos militares indicam que pelo menos sete pessoas participaram do ataque.
Conforme os testemunhos anônimos, os líderes do tráfico da Rua Trinta e Oito são faccionados ao Comando Vermelho e estão em guerra com a Gangue GB (Galera do Brejo), também do Jardim Felicidade. Dois suspeitos, de 23 e 26 anos, foram identificados como integrantes da GB e são procurados pela polícia.
Os militares encontraram o Siena abandonado na Rua Francisco de Paula Rocha, no mesmo bairro, com marcas de tiro tanto de dentro para fora quanto de fora para dentro. No interior do veículo, foram encontrados um cartucho deflagrado de calibre 380 e outro intacto de 38 milímetros.
Até o momento, nenhum suspeito foi localizado. As investigações seguem com a Polícia Civil.
Tribuna Livre, com informações da Polícia Civil de Minas Gerais