Júri popular acolheu integralmente a tese apresentada pelo Ministério Público, que destacou a violência e a desproporção da motivação do crime
Após mais de uma década do crime, o Tribunal do Júri de Valparaíso de Goiás condenou um homem a 24 anos de prisão por assassinar uma mulher e tentar matar o filho dela. A vítima foi executada com tiros à queima-roupa, enquanto o outro alvo sobreviveu ao ataque. O julgamento foi realizado no dia 9 de outubro, e o réu recebeu penas de 18 anos pelo homicídio e 6 anos pela tentativa, totalizando 24 anos de reclusão em regime fechado. Ele respondeu ao processo em liberdade, mas foi preso logo após a sentença e levado para a unidade prisional.
Segundo os autos do processo, o crime aconteceu na madrugada de 25 de novembro de 2012, no Jardim Céu Azul. O homem atirou várias vezes contra o filho da vítima que não sobreviveu, um jovem com quem havia tido uma desavença relacionada à venda de drogas.
Ao ouvir os disparos, a mãe do rapaz saiu de casa e foi surpreendida pelo réu, que também atirou contra ela. Um dos tiros atingiu a cabeça da mulher a curtíssima distância, caracterizando uma execução. O filho, que sobreviveu ao atentado, foi assassinado dois anos depois, em 2014, por outro motivo, sem ligação com o caso julgado.
Durante o julgamento, o promotor de Justiça Diego Henrique Siqueira Ferreira sustentou a acusação, e os jurados aceitaram integralmente a tese do Ministério Público de Goiás (MP-GO), reconhecendo que o crime foi cometido por motivo fútil e sem chance de defesa para as vítimas.
A defesa tentou convencer o júri de que o réu agiu em legítima defesa, alegando que ele teria reagido a uma tentativa de assalto, mas os argumentos foram rejeitados. O juiz Flávio Fiorentino de Oliveira foi o responsável pela sentença e fixou as penas com base na gravidade do crime e nas qualificadoras reconhecidas pelo júri.
Tribuna Livre, com informações do Tribunal do Júri de Valparaíso de Goiás