Conflito teve início há dois anos, envolvendo ordens de morte e cobrança de dívidas
Um homem foi morto a tiros dentro de um bar enquanto jogava com amigos na noite de quarta-feira (25), na Rua 16, no Setor Parque Bandeirantes, em Rio Verde. Segundo a Polícia Civil, a motivação do crime seria uma rixa antiga entre o suspeito e a vítima, identificada como Stener Antônio dos Santos. Após o homicídio, o acusado tentou fugir cruzando a fronteira do Brasil com Pedro Juan Caballero, no Paraguai, mas foi interceptado e preso pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), com apoio da Polícia Rodoviária Estadual do Mato Grosso do Sul (PRE/MS) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Segundo a corporação, ele foi encontrado ainda com as mesmas roupas usadas no momento do crime.
O ataque foi registrado pelo circuito interno de segurança do estabelecimento. Nas imagens, Stener aparece sentado em um canto jogando cartas, enquanto outros clientes estavam próximos às mesas de bilhar. Próximo das 20h, a vítima é surpreendida pelo suspeito, que já chegou com a arma em mãos e disparou cerca de seis vezes a curta distância, fugindo em seguida. Stener morreu ainda no local.
Conflito teve início há dois anos, envolvendo ordens de morte e cobrança de dívidas
As investigações revelaram que o homicídio teve origem em desavenças antigas entre a vítima e o suspeito, conhecido como “Pressão”. Cerca de dois anos atrás, Stener teria sido contratado para matar duas pessoas por ordem do mesmo suspeito, recebendo dinheiro e uma arma, mas desistiu do crime e avisou as possíveis vítimas, que se esconderam.
Apesar de não ter cometido as mortes, Stener passou a relatar falsamente que havia executado os alvos. O suspeito chegou a acreditar que as mortes teriam acontecido e denunciou anonimamente onde os corpos estavam, no entanto, ao descobrir a verdade, passou a exigir o dinheiro de volta, gerando uma série de conflitos e ameaças.
Em retaliação, o suspeito teria mandado incendiar a oficina de Stener e perseguido sua esposa, disparando contra o carro em que ela estava. Dois envolvidos no incêndio foram presos e apontaram “Pressão” como autor das ordens. Quando descobriu que a ordem vinha do mandante, Stener passou a cobrar o valor do prejuízo, intensificando as ameaças mútuas. Nesta quarta-feira, a cobrança terminou em execução.
Após o homicídio, o suspeito tentou escapar rumo ao Paraguai, mas foi interceptado na fronteira em uma perseguição que envolveu forças de Goiás e do Mato Grosso do Sul. Ele foi preso em flagrante por homicídio qualificado e conduzido à delegacia, onde segue à disposição da Justiça.
Tribuna Livre, com informações da Polícia Civil (GO)