Marcelo Noronha destaca possível efeito desinflacionário das medidas e espera que negociações diplomáticas possam resolver questão comercial
O impacto macroeconômico das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros deve ser limitado, segundo avaliação de Marcelo Noronha, CEO do Bradesco.
Marcelo Noronha analisou as implicações do anúncio das tarifas e a extensa lista de exceções apresentada.
De acordo com Noronha, existe a possibilidade de um efeito desinflacionário no mercado interno.
“Se você deixa de exportar determinados produtos que ficam aqui dentro e pressionam o preço para baixo, ele pode ser desinflacionário”, explicou.
No entanto, ele ressalta que ainda é necessário avaliar a demanda e a elasticidade dos produtos afetados pelas tarifas mais altas, bem como a existência dessa demanda em outros mercados.
Impacto setorial
Apesar do impacto macro limitado para o país e para as operações do banco, Noronha reconhece que, para empresas específicas, as medidas podem ter consequências significativas.
“Para as empresas, em casos específicos, é muito ruim a gente ver isso”, afirmou.
A instituição financeira mantém expectativas positivas quanto à resolução diplomática do impasse comercial.
Noronha expressou sua expectativa de que as negociações diplomáticas possam resultar em um acordo satisfatório para ambas as partes no curto ou médio prazo, minimizando assim os impactos sobre as empresas afetadas.
Tribuna Livre, com informações da Presidência do Bradesco