O corpo de Diego Vieira de Souza foi encontrado no final do mês passado no Parque Industrial João Braz, em Goiânia, amarrado e deixado dentro de uma cama box.
Três homens e uma mulher foram detidos pela Polícia Civil sob suspeita de envolvimento em um homicídio ocorrido no final do mês passado em Goiânia. As investigações indicam que o quarteto teria cometido o assassinato por acreditar que a vítima simpatizava com uma facção criminosa rival à qual eles pertenciam.
O corpo de Diego Vieira de Souza, de 35 anos, foi encontrado no último dia 19 de setembro em uma área arborizada na Rua Euclides da Cunha, no Parque Industrial João Braz. Ele estava amarrado com mãos e pés, colocado dentro de um sofá. As autoridades da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) descobriram que a vítima era conhecida dos agressores.
De acordo com a polícia, Walisson Guilherme e Hobert Tavares, amigos de Diego, decidiram matá-lo após verem uma imagem relacionada a uma facção criminosa na tela de bloqueio do celular da vítima. Após compartilharem essa informação com outras pessoas, uma mulher identificada apenas como Jeany atraiu Diego para a residência onde Walisson e Hobert estavam. Uma vez lá, eles o amarraram e o atacaram com golpes de faca e facão.
Outra mulher, conhecida apenas pelo nome Jéssica, teria assistido à execução e, de acordo com a polícia, incentivou o crime ao lado de Jeany. Após o assassinato, os agressores solicitaram a ajuda de Matheus Cambraia, irmão de Walisson, e de Leobhynno Neres, que morava nas proximidades, para ocultar o corpo em uma área de mata.
Walisson, Hobert, Matheus e Jeany foram presos em 18 de outubro. As prisões de Leobhynno e Jéssica já foram solicitadas pelo delegado João Paulo Mendes, adjunto da DIH, mas aguardam análise pela Justiça.
Durante a investigação, a polícia descobriu que Walisson e Hobert gravaram o momento do assassinato de Diego e compartilharam o vídeo em grupos de WhatsApp. Em um dos vídeos, um dos agressores dá instruções para seu cúmplice concluir o homicídio e faz uma mensagem direcionada à “favela”, afirmando que “pizão nóis mata assim.” A polícia ressaltou que esse tipo de registro é comum entre criminosos que buscam notoriedade em sua facção criminosa. Os seis suspeitos enfrentarão acusações de homicídio com dolo eventual, com dupla qualificação, além de ocultação de cadáver.
A DIH divulgou os nomes e imagens dos quatro presos com o intuito de facilitar a identificação de novas vítimas ou testemunhas, contribuindo para a conclusão do inquérito, agindo em conformidade com a legislação e o interesse público de buscar a colaboração das testemunhas, identificar fontes de evidências e investigar eventuais outros delitos cometidos pelos suspeitos.
Tribuna Livre, com informações da PCGO