Ministro André Mendonça, do STF, movimentou ação após Câmara aprovar projeto que beneficia Bolsonaro e outros condenados por tentativa de golpe. Processo estava parado na Corte há dois anos
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça destravou, na terça-feira (9), uma ação contra o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) que investiga o suposto envolvimento do parlamentar em um esquema de captação ilícita de clientela para ajuizamento de ações trabalhistas. O processo estava parado na Corte há dois anos, mas retornou para discussão no mesmo dia em que a Câmara aprovou o chamado PL da Dosimetria, do qual ele foi relator.
Segundo a investigação, Paulinho teria recebido uma mesada de R$ 100 mil para indicar dados de trabalhadores demitidos para uma organização criminosa especializada em entrar com ações trabalhistas na Justiça. Ele teria obtido os nomes por meio de sua influência junto aos sindicatos.
Mendonça determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o caso. A última movimentação do processo no Supremo tinha ocorrido em 2023. No mês passado, a Polícia Federal (PF) solicitou para o tribunal sanar uma dúvida sobre a tramitação da ação.
“Solicitam-se informações acerca de eventual arquivamento do referido feito ou sobre a situação processual atual do inquérito, a fim de possibilitar a devida atualização dos sistemas internos de controle da Polícia Federal”, afirmou a corporação no pedido.
Na madrugada de hoje, a Câmara dos Deputados aprovou, por 291 votos a 148, o texto que pode reduzir as penas do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros envolvidos na tentativa de golpe de Estado e na depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023. O substitutivo está no Senado e terá relatoria do senador Esperidião Amin (PP-SC).
Tribuna Livre, com informações do Supremo Tribunal Federal (STF)










