O grupo atuava em dois núcleos, de comércio distribuição. Pizzaria no Guará era usada de fachada para movimentar recursos
A Justiça do DF condenou oito integrantes de uma associação criminosa ligada ao tráfico de drogas no Distrito Federal. O grupo havia sido investigado pela Polícia Civil (PCDF), durante a Operação Los Hermanos, em abril de 2024. Segundo a denúncia, os criminosos utilizavam festas na região central de Brasília como ponto de venda e distribuição de drogas.
As apurações começaram após a prisão em flagrante do chefe do grupo, Poncito de Oliveira Brum. A partir disso, as autoridades descobriram que os condenados atuavam em dois núcleos. O primeiro era responsável pelo comércio de maconha e cocaína e era formado pelos irmãos Davy Martins Bonfim e Danilo Bonfim Martins. Eles utilizavam uma pizzaria no Guará, da qual eram proprietários, como fachada para movimentar recursos ilícitos.
O segundo núcleo operava na distribuição de cetamina — substância anestésica de uso controlado, com efeito alucinógeno quando consumida de forma recreativa — e ecstasy. Integravam esse grupo José Genilson de Sousa da Silva, Wanderson Silva de Sousa, Danillo da Silva, Jussara e Fernando. José Genilson e o irmão Antônio de Souza possuíam agropecuárias em Valparaíso (GO), utilizadas para encobrir a comercialização das drogas e a lavagem de dinheiro. Antônio não foi encontrado e teve o processo desmembrado, ficando suspenso até que seja citado.
Condenação
A ação penal foi apresentada pelo Ministério Público em 22 de abril de 2024. Na denúncia, o MP afirmou que os acusados mantinham “uma associação estável destinada ao comércio ilícito de drogas, com divisão de tarefas entre eles”, conforme demonstrado pelas comunicações interceptadas e demais elementos reunidos durante a investigação.
Poncito de Oliveira Brum e Davy Martins Bonfim receberam pena de 3 anos e 10 meses de reclusão, além de 760 dias-multa cada. Danilo Bonfim Martins, Wanderson Silva de Sousa, Danillo da Silva Santos, Jussara Joullié de Aguiar e Fernando Santiago Cavalcante foram condenados a 3 anos de reclusão e 700 dias-multa.
José Genilson de Sousa da Silva — único condenado por lavagem de dinheiro — terá de cumprir 7 anos, 8 meses e 15 dias de prisão, além de 800 dias-multa. Todos poderão recorrer em liberdade. Apenas Leonardo Vieira da Silva foi absolvido, por falta de provas quanto ao crime de associação para o tráfico.
Tribuna Livre, com informações da Justiça do DF






