Líderes de partidos na Câmara avaliam que o governo Lula demorou para entrar em campo para tirar votos de deputados da base pela anistia
Ministros do Palácio do Planalto só reforçaram, nos últimos dias, a pressão sobre as legendas aliadas que deram mais da metade dos 257 votos necessários para pautar a urgência da anistia na Câmara.
A avaliação é que o governo Lula deveria ter entrado no corpo a corpo com parlamentares há duas semanas, quando o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, anunciou que buscaria as assinaturas individualmente para colocar a urgência da anistia na pauta no plenário.
O próprio líder do PL disse à colunista Malu Gaspar, que o governo começou a ameaçar parlamentares que assinaram a urgência da anistia com o corte de verbas e de cargos. Diante do movimento de deputados para retirar o apoio ao projeto, Sóstenes protocolou, nesta segunda-feira, o requerimento da urgência da anistia.
Líderes afirmaram que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), alertou mais de uma vez o Palácio do Planalto de que o PL conseguiria as assinaturas de apoio à proposta.
Nesta terça-feira, Hugo Motta fez uma postagem indicando que a decisão sobre analisar a urgência da anistia no plenário da Câmara será tomada pelo colégio de líderes da Casa. A próxima reunião do grupo acontece dia 24 de abril.
Tribuna Livre, com informações da Agência Câmara.