Um contingente expressivo de lobistas da indústria de combustíveis fósseis marcou presença na COP30, superando as expectativas e levantando debates sobre a influência do setor nas negociações climáticas. Mais de 1,6 mil representantes de empresas ligadas aos combustíveis fósseis foram credenciados para o evento, estabelecendo um novo recorde de participação para essa categoria.
O número de lobistas credenciados chama a atenção por ser maior do que o tamanho das delegações de quase todos os países participantes, com exceção do Brasil, que, na qualidade de país anfitrião, registrou uma delegação consideravelmente maior, com 3.805 pessoas.
A forte presença dos lobistas reacende discussões sobre a efetividade das negociações climáticas e a possibilidade de que os interesses da indústria de combustíveis fósseis possam influenciar as decisões e acordos firmados na conferência. Organizações ambientalistas e ativistas climáticos manifestaram preocupação com a potencial influência desses grupos, argumentando que suas prioridades nem sempre estão alinhadas com os objetivos de redução de emissões e transição para fontes de energia mais limpas.
A COP30, que reúne líderes globais, representantes governamentais, cientistas e membros da sociedade civil, tem como objetivo principal acelerar a ação climática e implementar medidas ambiciosas para limitar o aumento da temperatura global. A presença maciça de lobistas de combustíveis fósseis lança uma sombra sobre a busca por soluções concretas e a garantia de um futuro sustentável. O desafio reside em equilibrar os diferentes interesses e garantir que as decisões tomadas priorizem o bem-estar do planeta e das futuras gerações.
Fonte: iclnoticias.com.br











