Durante uma entrevista com jornalistas, o presidente mencionou a importância de selecionar a “pessoa adequada” para evitar um revés no Senado. O líder do Partido dos Trabalhadores também destacou que o indicado para a Procuradoria-Geral da República não deve estar envolvido com atividades políticas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira (27/10), que fará suas indicações para o Supremo Tribunal Federal (STF) e para a Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda neste ano. Durante um café da manhã com jornalistas, ele mencionou estar em discussões com especialistas e aliados para selecionar as pessoas mais adequadas para esses cargos.
Lula enfatizou sua “pressa” em fazer as indicações, mas explicou a necessidade de cuidar primeiramente de sua saúde. Após um período de 20 dias para se recuperar de uma cirurgia para tratar a artrose no quadril direito, o presidente retomou suas atividades presenciais esta semana.
Desde setembro, o Supremo Tribunal tem operado com 10 membros devido à aposentadoria da ministra Rosa Weber. Enquanto isso, a PGR está sob a gestão interina de Elizeta Ramos, ocupando o cargo deixado por Augusto Aras. Durante a conversa com os jornalistas, Lula lembrou da recente derrota no Senado, que rejeitou sua indicação para a Defensoria Pública da União (DPU).
Sobre a nomeação para esses cargos, Lula destacou a necessidade de escolher pessoas idôneas e apropriadas para os respectivos papéis. Ele ressaltou a importância de considerar o contexto político, enfatizando a necessidade de enviar nomes ao Senado para aprovação.
Apesar da pressão para contemplar a diversidade e indicar uma mulher negra para o STF, Lula havia mencionado anteriormente que não usaria essa medida como critério. Entretanto, nesta sexta-feira, ele deixou aberta a possibilidade de nomear uma mulher tanto para o tribunal quanto para a PGR.
Quanto à indicação para liderar o Ministério Público Federal, Lula expressou a necessidade de escolher um procurador comprometido com o papel do procurador do Estado, sem envolvimento político. Ele ressaltou a importância de exercer um papel sério, sem espetáculos ou perseguições.
“Eu farei as indicações em breve. Em breve vocês saberão quem será indicado para Procurador-Geral, ministro ou ministra, e outras nomeações. Tudo será feito com muita tranquilidade”, afirmou Lula.
Tribuna Livre, com informações da Secom