Essa afirmação ocorreu durante um evento no Palácio do Planalto, onde Lula argumentou que as questões enfrentadas pelos estados e municípios precisam ser abordadas como problemas do governo federal.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou, durante uma reunião ocorrida no Palácio do Planalto nesta quarta-feira, 25 de outubro, os ataques realizados por milícias no Rio de Janeiro à situação na Faixa de Gaza durante um conflito entre Israel e o Hamas. Durante seu discurso no evento de instalação do Conselho da Federação, o chefe do Executivo enfatizou que os problemas dos estados e municípios também devem ser preocupações do governo federal, mencionando a seca na Amazônia e a atuação das milícias no Rio de Janeiro.
Lula destacou: “O problema da seca na Amazônia não é apenas um problema dos estados da Amazônia, é um problema de todo o Brasil. É muito fácil ver as cenas recentes na televisão, que lembravam a própria Faixa de Gaza, com incêndios e fumaça, e dizer que é um problema do Rio de Janeiro, do prefeito Eduardo Paes ou do governador Cláudio Castro. Não, é um problema que diz respeito a todo o Brasil, e precisamos encontrar uma solução.”
O presidente fez referência aos ataques ocorridos no Rio de Janeiro na última segunda-feira, quando um grupo de milicianos incendiou pelo menos 35 ônibus, causando prejuízos significativos. Esses ataques foram uma represália à morte de Matheus Silva Rezende, de 24 anos, que era vice-líder de uma quadrilha e foi morto em um confronto com a polícia em uma favela de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), também aderiu à fala de Lula, enfatizando que a questão da violência no Rio é um problema que afeta todo o Brasil. Ele defendeu o endurecimento das penas para criminosos capturados durante os ataques, que ele chamou de terroristas, como uma medida para desencorajar as ações das milícias. Castro anunciou a prisão de 12 criminosos envolvidos nos ataques aos ônibus da cidade, que serão transferidos para presídios federais devido à natureza dos crimes. Ele destacou que a luta das forças de segurança é para libertar a população das facções e milícias.
Tribuna Livre, com informações da Secom.