Assassino confesso de policial, Mikal Mahdi deverá ser executado em 11 de abril na Carolina do Sul (EUA)
Um condenado à morte na Carolina do Sul (EUA) escolheu na sexta-feira (28/3) a execução por pelotão de fuzilamento, apenas cinco semanas após o estado ter realizado a sua primeira morte por esse método. Mikal Mahdi, que se declarou culpado de assassinato de um policial em 2004, deverá ser executado em 11 de abril.
O presidiário, de 41 anos, teve a escolha de morrer por pelotão de fuzilamento, injeção letal ou cadeira elétrica.
Ele será o primeiro preso a ser executado no estado desde que Brad Sigmon escolheu ser morto a tiros em 7 de março. Um médico declarou Sigmon morto menos de três minutos depois que três balas atingiram o seu coração.
“Diante de escolhas bárbaras e desumanas, Mikal Mahdi escolheu o menor dos três males”, disse um dos advogados de Mikal, David Weiss, em declaração à imprensa. “Mikal escolheu o pelotão de fuzilamento em vez de ser queimado e mutilado na cadeira elétrica, ou sofrer uma morte lenta na maca de injeção letal”, acrescentou.
Mikal será amarrado a uma cadeira a 4,6 metros de três funcionários da prisão que se ofereceram para fazer parte do pelotão de fuzilamento. Um alvo será colocado no seu peito. Seus rifles serão carregados com uma bala que se estilhaça quando atinge sua caixa torácica.
Além de Sigmon, apenas três outros presos dos EUA — todos em Utah — foram mortos por um pelotão de fuzilamento nos últimos 50 anos. Sigmon foi o primeiro preso morto por fuzilamento no país desde 2010.
Como foi o crime
Mikal, então com 21 anos, emboscou James Myers, policial de Orangeburg, na residência do agente, no condado de Calhoun, em julho de 2004. Myers tinha acabado de voltar de uma festa de aniversário fora da cidade, disseram os promotores do caso. Na residência estavam a sua esposa, uma filha e uma irmã.
A esposa encontrou o corpo do policial baleado oito vezes, incluindo duas na cabeça, no galpão que havia sido o cenário do seu casamento menos de 15 meses antes, disseram autoridades.
Mikal já havia matado um balconista na Carolina do Norte por causa de uma lata de cerveja.
De acordo com seus advogados, traumas de infância, incluindo repetidos episódios de violência do pai contra a mãe, fizeram com que Mikal sofresse de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), depressão e tivesse pensamentos suicidas. Um especialista que eles citaram disse que Mahdi teve oito casos de “experiências adversas na infância”.
Cada experiência adversa na infância aumentou o risco de comportamento violento em 35% a 44%, de acordo com estudos citados pelos defensores durante audiência de apelação. Mikal passou por várias instituições para menores infratores, chegando a ficar dois meses na solitária.
Tribuna Livre, com informações da AFP