O país vive em guerra civil a cerca de dois anos. Neste período, 285 ataques contra unidades de saúde foram registrados no Sudão
Um ataque de rebeldes do Sudão a um hospital saudita na cidade de Fasher deixou ao menos 460 mortos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O órgão começou a divulgar informações que recebeu sobre o episódio nessa quarta-feira (29/10).
Segundo a Rede de Médicos, o ataque foi de autoria das Forças de Reação Rápida (RSF, sigla em inglês), grupo paramilitar que combate o Exército do Sudão. O conflito entre rebeldes e o Exército já dura dois anos, com o grupo reacionário tomando algumas cidades, como Fasher. Desde 2023, já foram registrados 285 ataques contra unidades de saúde no Sudão, resultando em mais de 1.200 mortes.
O massacre foi tema da sessão desta quinta-feira (30/10) do Conselho de Segurança da ONU. Para o subsecretário-geral de Assistência Humanitária, Tom Fletcher, Fasher é palco de níveis catastróficos de sofrimento humano. “A crise no Sudão é uma falha de proteção e incapacidade de respeitar o direito internacional”, disse.
Com o conflito se estendendo por mais de dois anos, a ONU destaca a necessidade por um cessar-fogo imediato, acesso humanitário irrestrito e justiça para as vítimas.
Histórico
O conflito no Sudão começou em abril de 2023, quando uma luta pelo poder que já vinha se arrastando há tempos entre as Forças Armadas Suíças (SAF) e as Forças de Reação Rápida eclodiu em guerra aberta.
As Forças de Reação Rápida têm suas raízes nas milícias Janjaweed, acusadas de atrocidades em Darfur há 20 anos, enquanto a SAF representa os remanescentes do antigo regime militar de Cartum.
As duas forças chegaram a compartilhar o poder após a deposição do ex-presidente Omar al-Bashir em 2019, mas uma disputa sobre a integração das Forças de Reação Rápida ao exército nacional desencadeou um colapso em todo o país.
O que começou como uma disputa pelo controle do Estado degenerou em uma luta brutal marcada por assassinatos étnicos, cercos urbanos, deslocamentos em massa e condições de fome em grande parte do país.
Tribuna Livre, com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
 
				 
								 
															 
        	
        
       
        	
        
       
        	
        
       
        	
        
       
        	
        
       
        	
        
       
        	
        
       
        	
        
       
        	
        
       
        	
        
       
        	
        
       
        	
        
      







