14/09/2025

Merendas balanceadas e nutritivas dão toque especial na volta às aulas

Francisca de Moura: “Em toda comida que a gente prepara, o amor vem sempre em primeiro lugar”| Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Funcionários trabalham diariamente na alimentação saudável e equilibrada de estudantes para garantir bom rendimento dentro da sala de aula

Um pouquinho de sal, cebolinha, alho e cúrcuma, mas o principal ingrediente que não pode faltar é o amor. Para quem está há 12 anos trabalhando todos os dias com as crianças e jovens da rede pública de ensino, o período de recesso escolar fez com que a saudade dos pequenos ficasse ainda mais aflorada. Francisca Gonçalo de Moura, de 60 anos, já não via mais a hora de ver as crianças de volta à escola para que pudesse preparar o que ela faz de melhor: a merenda.

“Em toda comida que a gente prepara, o amor vem sempre em primeiro lugar”, afirma a merendeira, emocionada. Na volta às aulas, a pitada de carinho está ainda mais presente nas receitas para que os alunos se sintam acolhidos e motivados para o novo ano letivo que se inicia.

A alimentação equilibrada é um grande diferencial para garantir o bom aprendizado dentro de sala de aula. “Ninguém consegue aprender com fome. Quando o estudante tem acesso a uma comida saudável, o desempenho cognitivo dele fica muito melhor, ele se concentra nas aulas e tem mais energia para brincar e estudar”, defende a diretora de Alimentação Escolar (DIAE) da Secretaria de Educação, Juliene Moura Santos.

Cardápio variado

Sabendo da importância do trabalho para melhorar o aprendizado das crianças durante as aulas, a merendeira Francisca usa a criatividade para trazer o melhor nas receitas preparadas especialmente para os alunos. Ao todo, são 11 tipos diferentes de cardápios que integram a alimentação dos estudantes da rede pública, sendo que cada um atende às particularidades das instituições de ensino, como o regime das aulas e a região onde está localizada.

Para montar os cardápios das 680 escolas, as nutricionistas da DIAE contam com 71 gêneros alimentícios que garantem a diversidade nas receitas. “A gente vai mudando esses gêneros para trazer mais variedade. Não podemos fornecer sempre a mesma coisa. Esse mês, eles vão comer muito peixe, ovos e suíno, por exemplo”, explica Juliene.

A parceria das Secretarias de Educação (SEEDF) e de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) garante hortifrutis fresquinhos toda semana. Isso porque são priorizados alimentos oriundos da agricultura familiar do DF. “Os itens são produzidos aqui mesmo no DF, o produtor faz a colheita no fim de semana e na segunda já está entregando nas escolas”, pondera a diretora.

Para o primeiro ciclo de alimentação dos alunos, que compreende sete semanas, o cardápio está recheado de opções produzidas no DF, como goiaba, pepino, abóbora, cenoura, batata-doce e beterraba. Em período chuvoso, o hortifrúti produzido debaixo da terra é mais recomendado do que os folhosos.

Criançada boa de garfo

Os alunos carregam particularidades, gostos e preferências, mas questionados sobre as “tias” responsáveis pela comida, os elogios foram unânimes. “Eu gosto muito delas. Elas são muito legais e tratam todo mundo muito bem. Eu não sei o que é, mas a comida é muito gostosa e muito melhor do que de outras escolas”, avalia Nathalia Franco, de 10 anos.

O mesmo foi dito pela colega de turma Khyara da Silva Souza, 10 anos. Para ela, as receitas em datas comemorativas são as preferidas: “As tias são muito legais e cozinham muito bem, porque a comida é gostosa. Quando tem lanches especiais é que eu fico mais animada para vir, como cachorro-quente e lasanha. Eu olho todos os dias o cardápio da escola para ver o que vai ter de lanche.”

O cardápio elaborado para cada instituição de ensino é entregue pela diretoria aos pais dos alunos, mas também pode ser acessado no site da Secretaria de Educação.

No ano passado, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) atendeu mais de 400 mil estudantes, o que demandou um investimento anual de R$ 100,7 milhões para adquirir os itens alimentícios, transportar e armazenar. Além disso, só para compras de alimentos oriundos da agricultura familiar, o governo destinou mais R$ 38,2 milhões a produtores rurais, com um total 6.267 toneladas adquiridas.

Tribuna Livre, com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal.

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