Alexandre de Moraes revogou a prisão de pessoas detidas em relação ao incidente de 8/1, impondo, em vez disso, medidas restritivas, as quais já haviam recebido parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) para a soltura.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, revogou a prisão de quatro indivíduos relacionados aos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro.
A decisão, tomada em 22 de novembro, ocorre dois dias após a morte de Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos. O “patriota” faleceu no Complexo Penitenciário da Papuda, após um mal súbito.
A revogação da prisão segue o entendimento da Procuradoria-Geral da República (PGR), que já havia se manifestado a favor da soltura. Os indivíduos libertados são: Jaime Junkes, Jairo de Oliveira, Tiago dos Santos Ferreira e Wellington Luiz Firmino. Eles estão sujeitos a medidas restritivas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica. Moraes também determinou o cancelamento de passaportes, suspensão imediata de qualquer registro de arma de fogo e proibição de comunicação com os demais envolvidos, entre outras.
A morte de Cleriston, conhecido como “Clezão do Ramalho”, foi confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape) na última segunda-feira (20/11). Ele foi preso após os atos antidemocráticos contra as sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, e teria sofrido um infarto fulminante durante o banho de sol no Centro de Detenção Provisória (CDP) II.
A Seape informou que o preso recebia acompanhamento médico regularmente e era atendido por uma equipe multidisciplinar da Unidade Básica de Saúde da prisão desde sua entrada na Papuda, em 9 de janeiro. A mesma equipe tentou reanimá-lo assim que constatado o mal súbito. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) foram acionados, mas ele não resistiu. Cleriston era irmão do vereador Cristiano Pereira da Cunha (PSD), do município de Feira da Mata, no oeste da Bahia. As autoridades estão investigando as causas da morte.
Tribuna Livre, com informações do Portal Metrópoles