Senadora poderia ir à casa do ex-presidente na 2ª feira (1º.set), véspera do seu julgamento no STF.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes autorizou que a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) visite o expresidente Jair Bolsonaro (PL), em prisão domiciliar desde 4 de agosto. A decisão foi publicada neste domingo (31.ago.2025).
Damares poderá visitar a casa de Bolsonaro na 2ª feira (1º.set) entre 10h e 18h. Ela terá que se adequar às medidas de monitoramento externo impostas pelo ministro no sábado (30.ago):
1. vistorias em todos os veículos que saírem da residência, incluindo a checagem de portamalas, com registro de motoristas e passageiros. Os relatórios deverão ser enviados diariamente ao STF; e
2. fiscalização presencial na área externa da casa, especialmente nos fundos e laterais do imóvel, onde há “pontos cegos”.
Moraes decidiu não autorizar a entrada de policiais no interior da casa de Bolsonaro. A medida havia sido sugerida pela PF (Polícia Federal) para reforçar a vigilância, diante de risco de fuga, mas foi rejeitada pelo magistrado.
Moraes já havia determinado na 3ª feira (26.ago) o reforço do policiamento integral, 24 horas por dia, nas proximidades da casa do ex-presidente no Jardim Botânico. Para o ministro, a proximidade do julgamento sobre a tentativa de golpe, marcado para começar em 2 de setembro, somada às “ações incessantes” do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, indica risco de fuga de Bolsonaro para escapar da aplicação da lei. Leia a íntegra da decisão.
JULGAMENTO DE BOLSONARO
Damares Alves será a última aliada do ex-presidente a visitá-lo antes do início do julgamento da ação penal que investiga uma tentativa de golpe de Estado em 2022. O núcleo 1 é composto por Bolsonaro e mais 7 aliados.
O chamado “núcleo 1” foi acusado pela PGR (Procuradoria Geral da República) de praticar os crimes de organização criminosa armada e tentativas de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, além de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Se Bolsonaro for condenado, a pena mínima é de 12 anos de prisão. A máxima pode chegar a 43 anos. Por ser ex-presidente, deve ficar preso em uma sala especial na Papuda, presídio federal em Brasília, ou na Superintendência da PF (Polícia Federal) na capital federal.
Tribuna Livre, com informações do STF (Supremo Tribunal Federal)