Moraes argumentou que os filhos do ex-presidente já são investigados em outras ações.
O ministro do STF Alexandre de Moraes cancelou os depoimentos do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) como testemunhas na ação da trama golpista.
O que aconteceu
Eduardo e Carlos seriam testemunhas de defesa de Filipe Martins. O ex-assessor do governo Jair Bolsonaro (PL) é um dos réus do chamado núcleo 2 da trama golpista. Eles seriam ouvidos no dia 16 de julho.
Moraes argumentou que os filhos do ex-presidente já são investigados em outras ações. O STF abriu inquérito para investigar Eduardo por coação no curso do processo devido à sua atuação nos Estados Unidos.
Já Carlos foi indiciado no inquérito da “Abin paralela”. Segundo Moraes, as investigações são ligadas ao processo do golpe. “Ambos também são filhos de um dos investigados em ação penal conexa, portanto, não podem ser ouvidos como testemunhas”, acrescentou.
Outros cinco parlamentares serão testemunhas de defesa do núcleo 2. Os deputados Marcel Van Hattem (Novo-SP), Eduardo Pazuello (PL-RJ), Helio Lopes (PL-RJ), e os senadores Eduardo Girão (Novo-RS) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) estão na lista.
Três ex-ministros do governo Bolsonaro serão ouvidos. Onyx Lorenzoni, que foi chefe da Casa Civil, é testemunha de Martins. Já os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Rogério Marinho (PL-RN) foram arrolados pela defesa de Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Audiências começarão com as testemunhas de acusação. Depois, o tenente-coronel Mauro Cid, que é réu no núcleo 1, será ouvido como informante. Em seguida será a vez das testemunhas de defesa. As audiências foram marcadas dos dias 14 a 21 de julho.
O chamado “núcleo gerencial” da trama golpista é composto por seis pessoas. São eles: os delegados da PF Fernando de Sousa Oliveira e Marília Alencar, que integravam a Secretaria de Segurança Pública do DF no dia 8 de janeiro de 2023; o ex-diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques; o ex-assessor Internacional da Presidência, Filipe Martins; o general da reserva Mario Fernandes e o ex-ajudante de ordens Marcelo Câmara.
Tribuna Livre, com informações do STF