Morreu hoje (03) a ex-deputada federal, ex-deputada distrital, ex-secretária de Educação do DF e professora Eurides Brito, aos 87 anos. Ela completaria 88 em 28 de fevereiro.
Nascida em Capanema, no Pará, Eurides fez da educação a sua bandeira política. Ela se elegeu pela primeira vez em 1990 e exerceu mandato de deputada federal entre 1991 e 1993 e de distrital de 1999 a 2009.
Pós-Doutorado em administração da educação na Universidade da Califórnia, na cidade de Los Angeles, em 1976, Eurides é autora de vários livros sobre educação e pedagogia. Era graduada em pedagogia, história e geografia pela Universidade Federal do Pará.
Eurides tinha aliados importantes que já faleceram também. Um deles, o ministro aposentado do STJ Carlos Mathias Fernando de Souza. Em 1980, ao assumir a Secretaria de Educação e Cultura do DF, a convite do governador Aimé Lamaison (1979-1983), ela exigiu autonomia para trabalhar e montar sua equipe, e convidou para a direção da Fundação Cultural o advogado Carlos Mathias Fernando de Souza. Os dois já haviam trabalhado juntos quando foi diretora do Ensino Fundamental do Brasil no Ministério da Educação.
Outro aliado era o ex-ministro da Educação, da Justiça, da Previdência social do Trabalho e ex-presidente do Senado Jarbas Passarinho. Ela foi secretária de Educação do governo de Passarinho no Pará.
Outro político com quem trabalhou foi o ex-governador Joaquim Roriz. Tinha uma relação de amizade e influência na área de educação de seus governos.
A ex-parlamentar faleceu por volta das 5h desta segunda-feira. Ela estava internada desde o Natal na UTI do Hospital Santa Lúcia.
Durante sua trajetória política, esteve envolvida nas denúncias da Operação Caixa de Pandora e chegou a ter o mandato cassado na Câmara Legislativa. Ela se recusou a renunciar porque alegava inocência em relação às acusações feitas pelo delator da operação, Durval Barbosa.
Em pronunciamento na Câmara Legislativa, muito antes da deflagração da Operação, Eurides discursou: “A reputação é o que é dito pelos outros, já o caráter é reconhecido por Deus”.
Tribuna Livre, com informações de Ana Maira Campos