Denúncia da morte peixes em pontos do Rio Vermelho, em Aruanã
Após denúncia da morte peixes em pontos do Rio Vermelho, em Aruanã, uma equipe da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) iniciou, na última segunda-feira (4), uma investigação. A Semad detectou baixo grau de oxigênio nas águas entre os municípios de Britânia e Aruanã.
Segundo a Semad, houve a medição de oxigênio dissolvido em quatro pontos na região do Rio Vermelho, até o seu encontro com o Rio Araguaia. Em comunicado, a pasta disse que “detectou concentrações menores do que 3 mg/L em três deles, o que é considerado muito baixo. A resolução 357/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) estabelece 5 mg/L como limite mínimo tolerável para a proteção da vida aquática”.
De acordo com a secretaria, o que pode ter ocorrido é o aumento na quantidade de matéria orgânica despejada no rio. Isso significa que a situação pode ter relação com a decomposição de matéria orgânica, que pode chegar aos rios de forma natural ou por meio da ação humana.
Os técnicos verificaram, ainda, níveis de turbidez acima do limite estabelecido pela resolução do Conama em dois pontos de medição: no rio Araguaia, acima da foz do Rio Vermelho e no Araguaia, abaixo da foz do Rio Vermelho. A Semad ainda fará mais coletas e investigações para ter mais clareza da morte dos animais e tomar providências para evitar que o problema volte a acontecer.
Denúncia
No último sábado (2), populares denunciaram que peixes estavam morrendo no Rio Vermelho, em Aruanã. Em vídeo nota-se, ribeirinhos subindo as águas e encontrando vários animais mortos.
Em uma outra gravação, também era possível ver uma grande de peixes quantidade na borda do Porto da Aba. “Muito estranho, todos tentando sair da água. São muitos”, disse um homem, enquanto caminha pela borda. Em mais um vídeo, o cinegrafista mostrava mais peixes bem perto da área seca, no Porto da Aba, centro de Aruanã. “Vão falar que faltou oxigênio na água… Isso é conversa furada. Onde está o pessoal do Meio Ambiente?”
À época, o prefeito de Aruanã, Hermano de Carvalho, informou que estava ciente e que tinha acionado as autoridades para fazer a medição da água. Naquele momento, o gestor também citou que existe um processo de decomposição de dejetos (matéria orgânica) nos rios (queda de folhas, por exemplos), que soltam venenos nocivos e podem ocasionar a morte de animais.
Tribuna Livre, com finformações da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad)