Crime aconteceu no dia 23 de setembro de 2022, pouco depois das
23 horas, no imóvel em que o casal morava
Sarah Nunes (Foto: Reprodução)
O Ministério Público de Goiás (MPGO) ofereceu denúncia
contra Pedro Henrique Borges dos Santos pelo feminicídio de sua companheira
Sarah Nunes Pereira, com mais quatro qualificadoras, bem como por fraude
processual, por forjar o suicídio da vítima. Os crimes ocorreram em Aparecida
de Goiânia. O promotor de Justiça Daniel Roberto Dias do Amaral, titular da 19ª
Promotoria da comarca, requereu ainda a prisão preventiva do denunciado.
De acordo com a denúncia, o crime ocorreu no dia 23 de
setembro de 2022, pouco depois das 23 horas, na residência do casal, no Parque
Hayala, em Aparecida de Goiânia. Nesta data, os dois deixaram a filha com a avó
paterna e seguiram para casa. Após uma discussão, aponta a denúncia, ele
asfixiou a mulher até a morte e, na sequência, forjou um suposto suicídio. Para
isso, amarrou uma cinta na viga de madeira do alpendre e acionou os bombeiros,
dizendo que Sarah havia se matado. Ele ainda entrou em contato com um cunhado
narrando o suposto fato. Essa versão foi mantida também para os policiais que
atenderam a ocorrência e na delegacia.
Foi apurado, no entanto, que o denunciado não posicionou
o corpo de Sarah na forca, verificando-se que a única marca que ela tinha na
região cervical era de espessura incompatível com a cinta. Aos bombeiros, Pedro
Henrique alegou que havia acabado de remover o corpo da mulher do laço.
O réu ainda retirou o carro da garagem, deixando-o na
porta de casa, para simular que havia saído para ir até uma distribuidora de
bebidas e voltado para casa, encontrando a mulher morta.
Na denúncia, o promotor observou ainda ter sido
detectado que a cinta de amarração estava intacta, sendo que, nestes casos, é
comum que, durante a remoção do corpo, a corda seja cortada, por ser uma tarefa
complexa. Outros pontos de incompatibilidade foram apontados pelo laudo técnico
realizado no local.
