Chico Rodrigues (PSB-RR) é
presidente de comissão temporária criada no Senado e foi criticado por defender
o garimpo
Chico Rodrigues é o presidente e Dr. Hiran é relator da
comissão criada para acompanhar crise Yanomami – Foto: Jefferson Rudy/Agênci
O senador Chico Rodrigues (PSB-RR), presidente da Comissão Temporária sobre a situação
Yanomami, esteve na terra indígena nesta segunda-feira (20) sem a autorização
da Funai e sem seguir as regras pré-estabelecidas em razão da situação de
emergência em saúde no território. A informação foi publicada pela Folha de
S.Paulo e confirmada pelo O TEMPO.
O senador esteve em um posto de saúde em Surucucu, onde
indígenas doentes são atendidos pela força-tarefa emergencial, na área externa
do alojamento em que estão os profissionais de saúde, e sobrevoou áreas de
garimpo. A visita chegou a ser registrada em vídeo nesta segunda por uma
liderança indígena da região, e o próprio senador divulgou em suas redes nesta
terça (21). Segundo ele, a viagem foi “para analisar de perto a evolução
da situação”.
O povo Yanomami enfrenta uma crise, com casos graves de
desnutrição e registros de contaminação por malária. Em função da gravidade da
situação, a entrada no território deveria passar pela autorização do Centro de
Operação de Emergência (COE) e da Funai, fato que não ocorreu no caso do
parlamentar.
A visita irregular será apurada o Ministério Público
Federal (MPF) em Roraima, que já encaminhou pedidos de esclarecimentos aos
órgãos envolvidos e ao gabinete do senador.
A Comissão Temporária foi criada no Senado para
acompanhar a situação dos Yanomami, que sofrem com a malária e a desnutrição.
Escolhido na última quarta-feira (15) para comandar o colegiado, o senador
Chico Rodrigues foi alvo de críticas, por ser defensor do garimpo, atividade
apontada como principal causadora da crise humanitária na terra indígena.
18 de fevereiro
Chico Rodrigues é o presidente e Dr. Hiran é relator da
comissão criada para acompanhar crise Yanomami
Rodrigues foi eleito senador por Roraima em 2018 e ficou
famoso nacionalmente após ser flagrado com R$ 33 mil na cueca, em outubro de
2020.