Manifestação denuncia também outras formas de violência contra a mulher
Diversas pessoas tomaram as ruas do centro de Goiânia na tarde deste domingo (7) para participar do ato Mulheres Vivas!, que denuncia o feminicídio e outras formas de violência contra a mulher. A mobilização, iniciada às 15h na Praça Universitária, reuniu coletivos feministas, movimentos estudantis, entidades de direitos humanos, lideranças comunitárias e cidadãs que se uniram para exigir ações efetivas de proteção às mulheres.
O protesto ocorre em um momento crítico, com o Brasil permanecendo entre os países com os maiores índices de feminicídio no mundo. Organizações que participaram do evento destacam que o cenário de violência tem se agravado, especialmente devido ao desmonte e ao subfinanciamento de estruturas essenciais, como a Casa da Mulher Brasileira, delegacias especializadas e serviços de acolhimento. Segundo os grupos, essas lacunas no atendimento colocam em risco a vida de milhares de mulheres e aumentam a vulnerabilidade das vítimas de violência doméstica.
Durante o ato, as participantes ressaltaram a importância de fortalecer redes de apoio, estimular denúncias e ampliar o diálogo público sobre a questão da violência contra a mulher. Também destacaram marcos legais como a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, que, embora consideradas ferramentas essenciais, ainda dependem de uma execução mais efetiva por parte do Estado.
Goiânia integrou a mobilização nacional da Marcha Levante Mulheres Vivas!, que ocorre simultaneamente em diversas cidades do Brasil. Na capital goiana, após a concentração na Praça Universitária, as manifestantes seguiram em direção à Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deaem), reforçando a mensagem de que o feminicídio não é destino, não é “crime passional” e não deve ser tratado como um caso isolado — é uma violência estrutural que precisa ser combatida com urgência.
A advogada feminista Kelly Cristina, coordenadora estadual da Articulação de Mulheres Brasileiras em Goiás, afirmou que o movimento é uma resposta à “grave epidemia de violência contra as mulheres” e uma tentativa de dar voz às vítimas, pressionando por medidas concretas para salvar vidas.
Tribuna Livre, com informações da Articulação de Mulheres Brasileiras em Goiás







