04/10/2025

Número de crianças e adolescentes em situação de rua no DF cai pela metade em três anos

"Nossas equipes de abordagem social atuam em todas as regiões do DF, compostas por pessoas que já estiveram em situação de rua", disse o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, ao apresentar dados do 2º Censo Distrital da População em Situação de Rua | Foto: Divulgação/Casa Civil

Pesquisa do IPEDF mostra impacto positivo de ações de acolhimento e prevenção deste GDF

O Distrito Federal registrou uma queda de 50% no número de crianças e adolescentes em situação de rua nos últimos três anos. Segundo o 2º Censo Distrital da População em Situação de Rua, divulgado nesta terça-feira (29), a diminuição foi de 244, em 2022, para 121, em 2025.

O dado indica que as ações deste GDF voltadas à proteção da infância e juventude, como o fortalecimento dos serviços de acolhimento, vêm surtindo efeito. Em 2024, por exemplo, a Secretaria de Desenvolvimento Social ampliou em cerca de 20% as vagas de acolhimento para crianças e adolescentes, com a criação da Central de Vagas, para agilizar o acesso à proteção social.

O incentivo e acesso facilitado à educação também contribuiu diretamente na diminuição: em um período de 12 meses, 225 menores foram encaminhadas pelo Conselho Tutelar para matrícula ou remanejamento em escolas, após abordagem durante ações de acolhimento do Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital para a População em Situação de Rua, conduzida pela Casa Civil.

“Antes, as ações eram só para tirar as pessoas das ruas, mas hoje o foco é no acolhimento. Não basta apenas tirar da rua, é preciso oferecer apoio real. Isso envolve garantir mais acesso à educação, saúde e trabalho, para que elas tenham a chance de recomeçar e se reintegrar na sociedade de forma digna. As ações de acolhimento realizadas pelo GDF já vêm surtindo efeito e isso mostra a desaceleração no crescimento do número de pessoas em situação de rua”, explicou o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha.

“Nossas equipes de abordagem social atuam em todas as regiões do DF, compostas por pessoas que já estiveram em situação de rua. A assistência social ajuda a desenvolver a autonomia e reintegrar essas pessoas ao mercado de trabalho. A pesquisa do Instituto de Pesquisa e Estatística do DF confirma os dados das equipes, que oferecem acolhimento, documentação e acesso a outros serviços públicos”, reforça a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra.

Aumento de acesso a serviços de saúde

Em comparação ao censo de 2022, houve um aumento de 88% nos acessos dessa população aos postos de saúde e UPAs.

·         UBSs: aumentou de 36,7% para 51,7%;

·         UPAs e hospitais: aumentou de 20,7% para 36,9%;

·         CRAS: aumentou de 18,6% para 28,7%;

·         Centros Pop: aumento de 2,1%.

 O investimento do Governo no acesso aos serviços de saúde também refletiu positivamente na relatos de pessoas em situação de rua que sofrem de ansiedade ou depressão, com uma queda de 9,1%. Para relatos de dores crônicas e problemas de saúde bucal, a redução foi de 19,8 e 27,6 pontos percentuais, respectivamente.

Em 2024, equipes dos Consultórios na Rua realizaram mais de 10 mil atendimentos a pessoas em situação de vulnerabilidade social, resultado da expansão de três para sete equipes e da atuação de cerca de 70 profissionais em diversas regiões do Distrito Federal. De junho de 2024 a março de 2025, foram 16.492 atendimentos realizados pelas equipes de Consultório na Rua.

Censo 2025

O 2º Censo Distrital da População em Situação de Rua foi conduzido pelo IPEDF, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), entre janeiro e fevereiro de 2025. A coleta de dados foi realizada por 130 profissionais e percorreu todas as regiões administrativas do DF com a aplicação de questionários nas ruas, em serviços de acolhimento e em comunidades terapêuticas, com objetivo de mapear o perfil e as necessidades dessa população.

“A pesquisa foi baseada em dados científicos confiáveis para formular políticas públicas com evidências. Com ela, podemos entender melhor as pessoas em situação de rua, suas dificuldades e anseios, permitindo que o governo desenvolva políticas para reintegrá-las como cidadãos ativos e dignos”, explica o diretor-presidente do IPEDF, Manoel Clementino.

Entre as informações coletadas, destacam-se dados sobre sexo de nascimento, orientação sexual, raça/cor, idade, tempo em situação de rua, responsabilidade sobre crianças, histórico de residência no DF, nacionalidade, situação migratória, vínculo com moradia fixa e acesso a benefícios governamentais.

Tribuna Livre, com informações da Casa Civil 

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