Bruno não deveria estar atuando desde o dia 13 de março de 2024, quando sua inscrição provisória venceu
O Conselho Regional de Nutrição de Goiás (CRN-9) informou que o nutricionista Bruno Correa Lima, suspeito de ter receitado medicamentos ao fisiculturista Marcos Antônio Moraes Paz, de 32 anos, que morreu em Goiânia, não estava habilitado para exercer a profissão.
O cadastro de Bruno estava inativo desde o dia 13 de março de 2024, quando sua inscrição provisória venceu. Caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da morte do atleta.
O fisiculturista conhecido como DJ Macaully morreu em casa após sofrer uma convulsão. Ele se preparava para participar de uma competição de fisiculturismo. Segundo a família do atleta, a morte pode estar relacionada ao uso de anabolizantes, incluindo medicamentos de uso veterinário, como o clenbuterol e a trembolona, que foram encontrados em sua residência.
A família também localizou uma lista de medicamentos e orientações de uso que teriam sido prescritas pelo nutricionista Bruno Correa, que se apresenta nas redes sociais como especialista em nutrição esportiva.
O corpo de Marcos foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia, onde passou por exames toxicológicos e de necropsia. O resultado, que deve sair em até 10 dias, ajudará a determinar a causa da morte. Ele foi velado e enterrado em Malhada, no interior da Bahia, sua cidade natal. O atleta deixa esposa, um filho de 2 anos e uma enteada de 13 anos.
Investigação e responsabilização
O delegado responsável pelo caso afirmou que o nutricionista será intimado a prestar esclarecimentos. A defesa de Bruno Correa Lima divulgou uma nota informando que o profissional está à disposição das autoridades e aguarda a conclusão das investigações para se manifestar. O CRN-9 reforçou que a atuação de um nutricionista com registro inativo configura exercício ilegal da profissão, passível de penalidades administrativas e criminais.
A esposa de Marcos relatou que estava preocupada com a saúde do marido e chegou a enviar mensagens alertando sobre sintomas como dificuldade respiratória, problemas renais e distúrbios do sono. Em resposta, Marcos afirmou que estava ciente dos riscos e que as informações haviam sido repassadas ao nutricionista. “Esse é o preço para subir em um campeonato”, teria dito o atleta à esposa.
A Goiás Físico Turismo e Fitness, organizadora do campeonato em que Marcos Antônio se inscreveu, emitiu uma nota de pesar e afirmou que aguarda o resultado das investigações. A entidade destacou a importância de os atletas buscarem acompanhamento profissional qualificado e seguir protocolos de segurança
Tribuna Livre, com informações do Conselho Regional de Nutrição de Goiás (CRN-9)