A gravidez em jovens está associada a desafios socioeconômicos e acarreta consequências para as jovens mães, suas famílias, seus filhos e o sistema de saúde de maneira abrangente.
A Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, realizada de 1º a 8 de fevereiro, tem como objetivo disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas para reduzir a incidência de gravidez entre adolescentes. O evento destaca a importância da educação sexual, acesso a métodos contraceptivos e suporte psicossocial para os jovens, promovendo o diálogo aberto entre pais, educadores, profissionais de saúde e os próprios adolescentes.
A médica de Família e Comunidade, Fabiana Fonseca, ressalta que a gravidez na adolescência está relacionada a desafios socioeconômicos, interrompendo a educação formal das jovens mães e limitando suas oportunidades de carreira. O Governo do Distrito Federal tem investido em políticas públicas voltadas à juventude, como programas educativos, acesso facilitado a métodos contraceptivos e serviços de saúde adequados.
Apesar do Distrito Federal apresentar a menor taxa de gestações na adolescência do país em 2023, com 7,9% de jovens grávidas até 18 anos, a Secretaria de Saúde tem concentrado esforços na redução desses números, considerando as disparidades entre as regiões de saúde da capital. A taxa de mortalidade fetal é superior entre adolescentes, especialmente entre mães de 10 a 14 anos.
O enfrentamento das repercussões da gravidez na adolescência é uma prioridade, abrangendo aspectos físicos, emocionais, socioeconômicos e educacionais. A Secretaria de Saúde destaca a importância da prevenção e orientação, oferecendo instruções sobre saúde sexual e reprodutiva nas unidades básicas de saúde, além de disponibilizar gratuitamente diversos métodos contraceptivos.
O Adolescentro atende adolescentes com transtornos mentais moderados, uso eventual de substâncias psicoativas e casos de gravidez. A gerente substituta, Marineide Costa, destaca a importância das ações de prevenção, enfatizando a elevação da prevalência de complicações maternas, fetais e neonatais, bem como os problemas sociais e econômicos associados à gravidez na adolescência. O programa Cepav Caliandra oferece tratamento psicossocial às vítimas de violência, abordando temas como avaliação do relacionamento familiar, ativação da rede de proteção e prevenção de novas violências.
Tribuna Livre, com informações da SES-DF