A determinação de Marcelo Rebelo de Souza ocorreu após a renúncia de António Costa ao posto de primeiro-ministro, sob alegações de favorecimento a empresas nos setores de lítio, hidrogênio verde e data center.
Essa decisão foi tomada após a demissão de António Costa do cargo de primeiro-ministro, sob a acusação de favorecer empresas nos setores de exploração de lítio e hidrogênio verde, além da construção de um data-center no Porto de Sines. Os indícios de corrupção foram revelados pelo Ministério Público, resultando na prisão de cinco pessoas.
Rebelo de Souza afirmou que optou pela dissolução da Assembleia da República para evitar apenas a substituição do chefe de governo, alegando que isso deixaria o país fragilizado, e a mesma decisão seria tomada posteriormente, mas em um contexto de economia debilitada e desconfiança social. O presidente destacou que ouviu as lideranças partidárias antes da decisão, e a maioria concordou com a antecipação das eleições.
Ele mencionou diversos motivos para sua decisão, incluindo a natureza personalizada do voto nas últimas eleições, a fraqueza da formação do governo, o risco de uma dissolução adiada resultar em maior instabilidade, a necessidade de estabilidade econômica e social e a busca por um governo mais claro e vigoroso para superar o vazio deixado pela demissão de Costa.
Rebelo de Souza ressaltou a importância da estabilidade democrática e destacou que a democracia não deve temer o povo. Ele enfatizou que agora é o momento de olhar para frente, escolher representantes e um governo que assegure estabilidade e progresso econômico, social e cultural em liberdade, pluralismo e democracia.
Tribuna Livre, com informações da AFP