De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, os casos dessa doença atingiram apenas 1% do total. Apesar disso, é importante que os homens estejam atentos a quaisquer alterações mamárias
A chegada do Outubro Rosa desperta a conscientização em relação ao câncer de mama, lembrando que essa preocupação não deve ser exclusiva das mulheres, pois essa enfermidade também afeta os homens, embora de maneira menos comum. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), os casos de câncer de mama masculino representam apenas 1% do total de diagnósticos. No entanto, é notável que os homens frequentemente descobrem a doença em estágios mais avançados.
Os sintomas do câncer de mama em homens são semelhantes aos das mulheres e incluem o surgimento de nódulos palpáveis na mama ou na axila, dor, alterações na pele, aumento unilateral do volume mamário e secreção sanguinolenta.
O desafio no diagnóstico reside na natureza mais profunda do tecido mamário masculino, tornando a detecção potencialmente mais complicada. Além disso, a falta de costume e conhecimento entre os homens contribui para a descoberta tardia da doença.
No atual ano, a rede pública de saúde já diagnosticou quatro homens com câncer de mama, enquanto no ano anterior foram registrados três casos e, em 2021, 12 homens receberam esse diagnóstico.
O diagnóstico da doença costuma ser realizado através do autoexame da mama, um procedimento amplamente reconhecido pelas mulheres. Consiste na avaliação da região mamária em busca de nódulos, secreções ou alterações na forma do mamilo. Esse exame pode ser feito com um braço apoiado atrás da nuca, permitindo que a mão livre apalpe a mama e a axila do lado do braço elevado. É fundamental verificar a presença de nódulos na mama, próximos ao mamilo ou à axila, bem como a possível liberação de líquidos pelos mamilos ou feridas.
A rede pública de saúde no Distrito Federal está devidamente equipada para atender a casos raros de câncer de mama em homens. Quando notarem qualquer nódulo ou alteração, os homens devem buscar a unidade básica de saúde mais próxima. Na UBS, serão encaminhados para consulta especializada com um mastologista da rede pública. O diagnóstico envolve a realização de mamografia e, se necessário, biópsia para identificação do tipo de tumor.
O tratamento dependerá do estágio do tumor e pode incluir quimioterapia, radioterapia ou cirurgia radical com a remoção completa da mama. Quanto mais cedo o câncer for detectado, maiores serão as chances de cura.
É essencial enfatizar que o câncer de mama não é exclusivo das mulheres; qualquer homem pode ser afetado, com maior frequência entre aqueles acima de 50 anos. Portanto, é importante que os homens estejam atentos ao autoexame, já que não existe um programa de rastreamento rotineiro, como a mamografia feita pelas mulheres, mesmo na ausência de sintomas, para identificar precocemente a doença.
Tribuna Livre, com informações do Inca