Esquema envolve 22 empresas e atendia as duas maiores facções do tráfico do país. ‘Maior investigação da história da Polícia Civil no que tange à lavagem de dinheiro’, diz secretário.
Policiais civis do Rio de Janeiro e de São Paulo iniciaram nesta quinta-feira (10) mais uma fase da Operação Contenção, e desta vez o alvo é uma rede de lavagem de dinheiro que atende as maiores facções criminosas do país: o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Segundo as investigações, o esquema movimentou R$ 6 bilhões em 1 ano e até criou um banco digital para ocultar os recursos provenientes do tráfico de drogas. A quadrilha ainda operava fintechs e contava com intermediadoras de pagamento, sem qualquer autorização do Banco Central. O grupo contava ainda com empresas de fachada.
Agentes saíram para cumprir 46 mandados de busca e apreensão no RJ e em SP. Em Franca (SP), um foragido da Justiça foi preso.
Ao todo, 22 empresas são investigadas no inquérito. Segundo a polícia fluminense, esta é a maior operação já realizada contra o CV, cujo núcleo financeiro tem ramificações em SP, com ligação direta com o PCC.
“Essa foi a maior investigação da história da Polícia Civil no que tange à lavagem de dinheiro”, afirmou Felipe Curi, secretário de Polícia Civil.
Esquema que girou R$ 6 bilhões do tráfico é a ‘maior investigação da história da Polícia Civil’ sobre lavagem de dinheiro’, diz secretário
Ainda de acordo com as investigações, o dinheiro lavado é usado para a compra de armas e drogas e financia as disputas por expansão territorial em comunidades da Zona Oeste do Rio.
Os mandados são cumpridos em:
• RJ: nas zonas Oeste, Norte e Sul da capital, além de municípios do interior do estado. Entre os endereços estão os complexos da Maré e do Fallet-Fogueteiro.
• SP: na capital, Região Metropolitana e nos municípios de Franca, Praia Grande e Santos.
A Operação Contenção é uma ofensiva permanente para impedir o avanço territorial do Comando Vermelho na Zona Oeste do Rio. O principal objetivo é desarticular a estrutura financeira, logística e operacional da organização criminosa, além de prender traficantes que atuam na região.
A ação desta quinta é realizada pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), do Departamento-Geral de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD) e da Polícia Civil de São Paulo.
Tribuna Livre, com informações das polícias do Rio de Janeiro e São Paulo.










