A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere que o peso máximo das mochilas seja limitado a 10% do peso corporal dos estudantes, a fim de prevenir possíveis danos à saúde.
No contexto da expectativa e preparativos para o retorno às aulas na rede pública, agendado para 19 de fevereiro, é crucial que os pais e responsáveis estejam atentos aos cuidados relacionados ao peso excessivo das mochilas que os estudantes carregam diariamente. Conforme as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), é recomendado que crianças e jovens em idade escolar, dos 6 aos 18 anos, restrinjam o peso das mochilas a menos de 10% do seu peso corporal. Essa precaução visa evitar possíveis riscos associados a posturas inadequadas.
A OMS alerta que manter uma postura inadequada no transporte de materiais escolares pode ter consequências sérias para a saúde a longo prazo, impactando o desenvolvimento físico e causando desconforto no cotidiano dos estudantes. A fisioterapeuta Polyane Magalhães, da Policlínica do Hospital Regional do Gama (HRG), destaca que os primeiros sinais de sobrecarga incluem alterações posturais, como inclinações do tronco para frente, tensões nos ombros e na coluna cervical. Ela recomenda que, ao perceberem que a criança se queixa de dor na coluna, os pais busquem a orientação de um especialista.
Magalhães aconselha os pais a escolherem mochilas de duas alças durante a compra de material escolar, pois estas proporcionam uma distribuição correta do peso, ao contrário das mochilas com apenas uma alça transversal, que não são adequadas para manter uma boa postura.
Além disso, é fundamental que a postura em sala de aula seja cuidadosamente observada. Recomenda-se que a criança ou adolescente sente com a coluna lombar apoiada no encosto da cadeira e os joelhos retos. A fisioterapeuta também destaca a importância de evitar períodos prolongados de permanência na mesma posição, sugerindo aproveitar os intervalos entre as aulas para levantar, caminhar e esticar as pernas.
Essas orientações também se estendem ao uso de computadores e celulares em casa durante os estudos, onde é aconselhado evitar posições curvadas. É ressaltada a importância da atividade física como aliada nesses casos, uma vez que o sedentarismo pode contribuir para agravar sintomas de dores e prejuízos funcionais.
Tribuna Livre, com informações da OMS